O desígnio de nosso Deus e Salvador em relação ao homem
consiste em levantá-lo de sua queda e fazê-lo voltar, do estado de inimizade
ocasionado por sua desobediência, à intimidade divina. A vinda de Cristo na
carne, os exemplos de sua vida apresentados pelo Evangelho, a paixão, a cruz, o
sepultamento e a ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para
que, imitando a Cristo, ele recuperasse a primitiva adoção filial.
Portanto, para atingir a perfeição, é necessário imitar a
Cristo, não só nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que ele nos deu
durante a sua vida, mas também imitá-lo em sua morte, como diz São Paulo, o
imitador de Cristo:
Tornando-me semelhante a ele na sua morte, para ver se alcanço a
ressurreição dentre os mortos (Fl
3,10).
Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo em sua morte?
Sepultando-nos com ele por meio do batismo. Em que consiste este sepultamento e
qual é o fruto dessa imitação? Em primeiro lugar, é preciso romper coma vida
passada. Mas ninguém pode conseguir isto se não nascer de novo, conforme a
palavra do Senhor, porque o renascimento, como a própria palavra indica, é o
começo de uma vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é preciso
pôr fim à antiga. Assim como, no estádio, os que chegam ao fim da primeira
parte da corrida, costumam fazer uma pequena pausa e descansar um pouco, antes
de iniciar o retorno, do mesmo modo, era necessário que nesta mudança de vida
interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar um novo caminho.
E como imitar a Cristo na sua descida à mansão dos mortos?
Imitando no batismo o seu sepultamento. Porque os corpos dos batizados ficam,
de certo modo, sepultados nas águas. O batismo simboliza, pois, a deposição das
obras da carne, segundo as palavras do Apóstolo: Vós também recebestes uma
circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo,
pela qual renunciais ao corpo perecível. Com Cristo fostes sepultados no
batismo (Cl 2,11-12). Ora, o batismo, por assim dizer, lava a alma das manchas
contraídas por causa das tendências carnais, conforme está escrito: Lavai-me e
mais branco do que a neve ficarei (Sl 50,9). Por isso, reconhecemos um só
batismo de salvação, já que é uma só a morte que resgata o mundo e uma só a
ressurreição dos mortos, das quais o batismo é figura.
São
Basílio Magno (329/379)
Bispo de Cesareia e
Doutor da Igreja
Livro sobre o Espírito Santo
Fonte: Liturgia das Horas
Foto retirada da internet
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