Evangelho Comentado do Dia 30/04/2017 Domingo

3ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício dominical pascal
Glória e Creio - Cor: Branco - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 65,1-2 - Aclamai a Deus, toda a terra, cantai a glória de seu nome, rendei-lhe glória e louvor, aleluia!

Oração do Dia: Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 2,14.22-33

No dia de Pentecostes, Pedro de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: “Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis.

Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. Pois Davi dele diz: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu Santo experimente corrupção. Deste-me a conhecer os caminhos da vida, e a tua presença me encherá de alegria’.

Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: ‘Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção’. Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas. E agora, exaltado pela direita de Deus, Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai, e o derramou, como estais vendo e ouvindo” - Palavra do Senhor.

Comentário: A primeira leitura apresenta o “querigma” apostólico, o anúncio – no discurso de Pedro em Pentecostes – da ressurreição de Jesus e de sua vitória sobre a morte. É o protótipo da pregação apostólica. Suprimida a introdução do discurso, por ser a leitura de Pentecostes (At 2,15-21), a leitura de hoje se inicia com o v. 22, anunciando que o profeta rejeitado ressuscitou, cumprindo as Escrituras (Sl 16[15],8-10). Não se trata de ver aí uma realização “ao pé da letra”, mas de reconhecer nas Escrituras antigas a maneira de agir de Deus desde sempre, a qual se realiza num sentido “pleno” em Jesus Cristo. Ou melhor: naquilo que se vê em Jesus, aparece o sentido profundo e escondido das antigas Escrituras. O importante nesse querigma é o anúncio da ressurreição como sinal de que Deus “homologou” a obra de Jesus e lhe deu razão contra tudo e todos. Isso é atestado não só por testemunhas humanas, mas também pelo testemunho de Deus mesmo, na Escritura. O Salmo 16[15], por exemplo, originalmente a prece de quem sabe que Deus não o entregará à morte, encontra em Cristo sua realização plena e inesperada. Esse salmo é também o salmo responsorial de hoje e terá de ser devidamente valorizado.


Salmo: 15,1-2a.5.7- 8.9-10.11
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto de vós felicidade sem limites!

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: "Somente vós sois meu Senhor: nenhum bem eu posso achar fora de vós!" Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!

Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.

Vós me ensinais vosso caminho para a vida junto a vós, felicidade sem limites,/ delícia eterna e alegria ao vosso lado!

Segunda Leitura: Primeira Carta de São Pedro 1,17-21

Caríssimos, se invocais como Pai aquele que sem discriminação julga a cada um de acordo com as suas obras, vivei então respeitando a Deus durante o tempo de vossa migração neste mundo. Sabeis que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por meio de coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito. Antes da criação do mundo, ele foi destinado para isso, e neste final dos tempos, ele apareceu, por amor de vós. Por ele é que alcançastes a fé em Deus. Deus o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, e assim, a vossa fé e esperança estão em Deus - Palavra do Senhor.

Comentário: Na segunda leitura, continua a leitura da 1Pd iniciada no domingo passado. Jesus Cristo é visto como aquele que nos conduz a Deus. Sua morte nos remiu de um obsoleto modo de viver. Por meio de Cristo, ou seja, quando reconhecemos e assumimos a validade do seu modo de viver e de morrer, chegamos a crer verdadeiramente em Deus e conhecemos Deus como aquele que ressuscita Jesus, aquele que dá razão a Jesus e “endossa” a sua obra. Isso modifica nossa vida. Desde o nosso batismo, chamamos a Deus de Pai; mas ele é também o Santo que nos chama à santidade (1Pd 1,16; cf. Lv 19,2). O sacrifício de Cristo, Cordeiro pascal, obriga-nos à santidade. Os últimos versículos desta leitura (v. 19-21) constituem uma profissão de fé no Cristo, que desde sempre está com Deus: ele nos fez ver como Deus verdadeiramente é, e por isso podemos acreditar que Deus nos ama.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: "O que ides conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?"

Ele perguntou: "O que foi?" Os discípulos responderam: "O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu".

Então Jesus lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?" E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da escritura que falavam a respeito dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Jesus entrou para ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.

Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as escrituras?" Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram. para Jerusalém onde encontraram os onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão - Palavra da Salvação.

Comentário:

A crucifixão de Jesus foi um duro golpe para a comunidade cristã. Com ela, vieram abaixo os projetos de libertação, carinhosamente acalentados pelos discípulos. As palavras e as ações do Mestre pareciam dignas de fé. Seu modo de ser tinha algo de especial, bem diferente do que até então se tinha visto.  Sua morte na cruz, no entanto, deixou, nos discípulos, o sabor da frustração e da desilusão! Foi preciso que o Ressuscitado os chamasse à realidade. Eles não estavam dispensados da missão. Por conseguinte, não havia motivo para se dispersarem e voltarem para sua cidade de origem, uma vez que tinham, diante de si, um mundo a ser evangelizado. Era insensato cultivar sentimentos de morte, quando a vida já havia despontado e se fazia presente no Ressuscitado. Por que fixar-se no aspecto negativo da vida, já que a realidade vai muito além? Os discípulos de Emaús retratam os cristãos desiludidos de todos os tempos, uma vez que não acreditam na possibilidade de se criar um mundo fraterno. São os pessimistas, centrados em si mesmos, incapazes de projetar-se para além dos próprios horizontes. Ou seja, são cristãos nos quais a ressurreição ainda não produziu frutos. Só a descoberta do Ressuscitado permite ao cristão superar os reveses da vida. Aí então, ele se dará conta de que, apesar da cruz, vale a pena somar esforços para construir o Reino. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus) - Pe. Johan Konings, sj, Vida Pastoral
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