Antigamente, a Quaresma era o período durante o qual,
através da penitência e da provação, os catecúmenos se preparavam para receber
o batismo na noite da Páscoa.
Entrando no Tempo quaresmal, a liturgia nos convida a
renovar e a reavivar em nosso coração as disposições com que, durante a Vigília
pascal, pronunciaremos de novo as promessas do nosso batismo.
Unidos a Jesus, que toma o caminho do deserto para aí ser
tentado, entramos com a Igreja na grande provação da Quaresma, com a intenção
de optar sempre pela vontade do Pai, em todas as circunstâncias.
Contemplando a face de Jesus transfigurado, encontramos nele
a força para passar através dos sofrimentos e dificuldades da vida, até o dia
em que poderemos vê-lo na glória do Pai, realização definitiva da aliança e das
promessas.
Nascidos para a vida de filhos de Deus, em virtude da água
viva do batismo e da graça do Cristo, procuramos purificar cada vez mais o
culto filial em espírito e verdade e o oferecemos ao Pai em união com o culto
espiritual e perfeito do Cristo. Iluminados pela fé recebida no batismo,
esforçamo-nos por viver como filhos da luz e vencer as trevas do mal que estão
em nós e no mundo, fazendo a verdade em Cristo Jesus-luz do mundo.
Ressuscitados com Jesus da morte do pecado, por obra do
Espírito vivificador derramado em nós no batismo, alimentamos e aperfeiçoamos
com os sacramentos nossa união a Jesus-vida: e com ele vamos para o Pai,
animados pelo sopro do Espírito.
Toda a nossa vida se torna um sacrifício espiritual que
apresentamos continuamente ao Pai, em união com o sacrifício de Jesus sofredor
e pobre, a fim de que, por ele, com ele e nele, seja o Pai em tudo louvado e
glorificado.
Celebrar a eucaristia no tempo da Quaresma significa:
percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe à Igreja e a todos os
homens; assumir mais decididamente a obediência filial ao Pai, e o dom de si
aos irmãos, que constituem o sacrifício espiritual.
Assim, renovando os compromissos do nosso batismo na noite
pascal, poderemos "passar" para a vida nova de Jesus-Senhor
ressuscitado, para a glória do Pai, na unidade do Espírito.
Para a celebração
1. Tempo
da Quaresma se estende da Quarta-feira de cinzas até a missa "na Ceia do
Senhor" exclusive. Esta missa vespertina dá inicio, nos livros litúrgicos,
ao Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, que tem seu cume na
Vigília pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
A semana que precede a Páscoa toma o nome de Semana santa;
começa com o Domingo de Ramos. (ver nn. 2 e 4)
2. Os
domingos desse tempo se chamam 1º, 2º, 3º, 4º e 5º domingo da Quaresma. O 6º
domingo toma o nome de "Domingo de Ramos da Paixão". Esses domingos
têm sempre a precedência, mesmo sobre as festas do Senhor e sobre qualquer
solenidade.
3. As
solenidades de São José, esposo de Nossa Senhora (19 de março) e da Anunciação
do Senhor (25 de março) - como outras possíveis solenidades dos Calendários
particulares - antecipam sua celebração para o sábado, caso coincidam com esses
domingos.
4. A
liturgia da Quarta-feira de cinzas abre o Tempo da Quaresma. Não se dizem o
Glória e o Creio na missa.
Não é necessário que o rito da bênção e imposição das cinzas
seja unido à missa; pode ser celebrado sem a missa.
Neste caso, é oportuno antepor ao rito uma Liturgia da
Palavra, como na missa, com o canto de entrada, a oração e as leituras com os
cânticos correspondentes; segue-se a homilia, depois a bênção e a imposição das
cinzas. Termina-se com a oração dos fiéis. Os textos para essa celebração são
tomados da liturgia da Quarta-feira de cinzas.
5. Nos
domingos da Quaresma não se canta o hino Glória; faz-se, porém, sempre a
profissão de fé, Creio.
Depois da segunda leitura não se canta o Aleluia; o
versículo antes do evangelho é acompanhado de uma aclamação a Cristo Senhor.
Omite-se o Aleluia também nos outros cantos da missa.
6. As
missas dominicais do Tempo da Quaresma têm prefácio próprio. O prefácio do
tempo, que está no Ordinário da Missa, com duas fórmulas à escolha, se utiliza
nos domingos 3º, 4º e 5º do ano B e C, a menos que tenham sido escolhidas as
leituras do ano A.
7. Para
a celebração da Eucaristia, os domingos da Quaresma têm um formulário próprio
(Missal) com um ciclo de leituras (Lecionário) distribuído em três anos (A, B,
C); por causa dessa estrutura, o material para a reflexão e a celebração foi
disposto conforme a ordem: ano A, B, C, exceto para o Domingo de Ramos, como
está esclarecido acima, no n. 2.
Nos domingos 3º, 4º, e 5º da Quaresma podem-se também
utilizar as leituras do ano A, leituras que na tradição deram o nome a esses
domingos (domingos da samaritana, do cego de nascença, de Lázaro), nos quais
ainda hoje podem-se fazer os "escrutínios" para a iniciação cristã
dos adultos; por isso têm um caráter batismal.
8. A
cor litúrgica do Tempo da Quaresma é a roxo; para o 4º domingo (Lietare) é
permitido o uso da cor rosa.
No Domingo de Ramos, a cor das vestes litúrgicas do celebrante
é a vermelha.
Fonte: Missal Dominical
(Paulus)
Foto retirada da internet
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