Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Creio - Cor: Roxo - Ano “A” Mateus
Antífona: Salmo 90,15-16 Quando
meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei com ele na tribulação. Hei de
livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias.
Oração do Dia: Concedei-nos, ó Deus onipotente, que,
ao longo desta quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e
corresponder a seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Gênesis
2,7-9; 3,1-7
O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprou-lhe nas
narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente. Depois, o Senhor
Deus plantou um jardim em Éden, ao oriente, e ali pós o homem que havia
formado. E o Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores de aspecto
atraente e de fruto saboroso ao paladar, a árvore da vida no meio do jardim e a
árvore do conhecimento do bem e do mal. A serpente era o mais astuto de todos
os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher:
"É verdade que Deus vos disse: 'Não comereis de nenhuma das árvores do
jardim?"' E a mulher respondeu à serpente: "Do fruto das árvores do
jardim, nós podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
Deus nos disse: 'Não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário,
morrereis"'. A serpente disse à mulher: "Não, vós não morrereis. Mas
Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis
como Deus conhecendo o bem e o mal". A mulher viu que seria bom comer da
árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para se alcançar
conhecimento. E colheu um fruto, comeu e deu também ao marido, que estava com
ela, e ele comeu. Então, os olhos dos dois se abriram; e, vendo que estavam
nus, teceram tangas para si com folhas de figueira. - Palavra do Senhor.
Comentário: Deus criou a terra para que o
homem usufrua dela e possua vida plena (árvore da vida). A condição única é o
homem se subordinar a Deus: obedecer ao seu projeto de vida e fraternidade, e não
querer decidir por si mesmo o que é bem e o que é mal (comer o fruto da árvore
do bem e do mal), a fim de não ser causa a espécie alguma de opressão e morte.
Os vv. 18-25 salientam duas coisas: primeiro, que o homem tem domínio sobre a
criação “dando nome aos animais” e, por isso, participa do poder criativo de
Deus; segundo, que “a mulher não foi tirada da cabeça do homem para mandar
nele, nem foi tirada dos pés dele para ser sua escrava; mas foi tirada do lado,
para ser sua companheira”. A narrativa do Éden: nostalgia de um passado ou
profecia do futuro? Dom de Deus já concedido ou a ser conquistado? O autor
bíblico, olhando em torno de si, tem aguda consciência dos males que afligem a
vida familiar e social, e não os aceita como situação normal da humanidade.
Pelo realismo de sua fé está convencido, como toda a Bíblia, de que Deus é bom
e justo, quer o bem dos homens e não sua condenação. Deus não pode ter querido
o mundo assim como é. O homem, sobretudo o homem de fé, não pode dizer:
"Paciência, aguentemos! A vida é assim. Deus a quer assim! "O autor
bíblico, com o auxilio de Deus, descreve um mundo diferente, que é exatamente o
oposto daquilo que ele conhece: é assim que Deus gostaria que fosse o mundo, e
Deus não muda de idéia, nem mudará nunca. O "paraíso" é como se fosse
o projeto do mundo, cuja realização Deus contínua a esperar, confiando-a à
livre decisão do homem. (deusunico .com)
Salmo: 50,3-4.5-6a. 12-13.14.17
(R.Cf.3a)
Piedade, ó
Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e
apagai completamente a minha culpa!
Eu reconheço toda a minha iniquidade, o
meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu
pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
Criai em mim um coração que seja puro,
dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,
nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
Dai-me de novo a alegria de ser salvo e
confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e
minha boca anunciará vosso louvor!
Segunda Leitura: Carta de São Paulo
aos Romanos 5,12-19
Irmãos: Consideremos o seguinte: O pecado entrou no mundo
por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos
os homens, porque todos pecaram. Na realidade, antes de ser dada a lei, já
havia pecado no mundo. Mas o pecado não pode ser imputado, quando não há lei.
No entanto, a morte reinou, desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que não
pecaram como Adão, - o qual era a figura provisória daquele que devia vir. Mas
isso não quer dizer que o dom da graça de Deus seja comparável à falta de Adão!
A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem
mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de
um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos. Também, o dom
é muito mais eficaz do que o pecado de um só. Pois a partir de um só pecado o
julgamento resultou em condenação, mas o dom da graça frutifica em
justificação, a partir de inúmeras faltas. Por um só homem, pela falta de um só
homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de
um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça.
Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de
justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida.
Com efeito, como pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi
estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só,
toda a humanidade passará para uma situação de justiça. - Palavra do Senhor.
Comentário: Paulo contrapõe duas figuras,
dois reinos e duas consequências: Adão-Cristo, pecado-graça, morte-vida. Adão é
o início e a personificação da humanidade mergulhada no reino do pecado e
caminhando para a morte; Cristo, o novo Adão, é início e personificação da
humanidade introduzida no reino da graça e caminhando para a vida. Paulo não
está interessado nas semelhanças entre Cristo e Adão. Ele os contrapõe apenas
para mostrar a supremacia de Cristo e do reino da graça sobre Adão e o reino do
pecado; pois o dom de Deus supera de longe o pecado dos homens. (deusunico .com)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,1-11
Naquele tempo: o Espírito conduziu Jesus ao deserto,
para ser tentado pelo diabo. Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta
noites, e, depois disso, teve fome. Então, o tentador aproximou-se e disse a
Jesus: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em
pães!" Mas Jesus respondeu: "Está escrito: 'Não só de pão vive o
homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus"'. Então o diabo levou
Jesus à cidade santa, colocou-o sobre a parte mais alta do templo, e lhe disse:
"Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: 'Deus
dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que
não tropeces em alguma pedra"'. Jesus lhe respondeu: "Também está
escrito: 'Não tentarás o Senhor teu Deus!"' Novamente, o diabo levou Jesus
para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os remos do mundo e sua glória, e
lhe disse: "Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me
adorar". Jesus lhe disse: "Vai-te embora, satanás, porque está
escrito: 'Adorarás ao Senhor teu Deus e somente a ele prestarás culto".
Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus. - Palavra da Salvação.
Comentário: A cena das tentações, inserida
no início da vida pública de Jesus, é um claro indício de que o exercício de
seu ministério seria pontilhado de provas e dificuldades. Na aritmética
teológica da época, que consistia em atribuir valor simbólico-teológico aos
números, o número três designava a constituição do ser humano (espírito - alma
- corpo). A tríplice tentação significava que Jesus, enquanto ser humano, seria
submetido a contínuas provações, pelas quais teria chance de dar provas de sua
absoluta fidelidade a Deus. De fato, até os instantes finais de sua caminhada
terrena, Jesus viu-se tentado. O tentador insistia sempre no mesmo ponto:
"Se você, de fato, é Filho de Deus", passando a fazer-lhe propostas
extravagantes. Com isto, pretendia levar Jesus a exigir do Pai uma manifestação
desnecessária de sua providência, bem como levá-lo a oferecer espetáculos
formidáveis com os quais atrairia a atenção sobre si, granjeando a admiração
das multidões, mas também o risco de ser vítima do orgulho e da vaidade. As
tentações foram capciosas. Com uma interpretação superficial, podiam parecer
inocentes, sem maiores consequências. Só uma leitura arguta, como a de Jesus,
foi capaz de desmascará-las e revelar as verdadeiras intenções do tentador. O
fato de vencer as tentações já foi um primeiro sinal da fidelidade de Jesus ao
Pai. Por ser Filho de Deus, recusava-se a exigir do Pai manifestações insensatas
de amor. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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