Liturgia Diária Comentada 20/03/2017 segunda-feira
3ª Semana da Quaresma - 3ª Semana do Saltério
Solenidade: SÃO JOSÉ - Padroeiro da Igreja Universal
Prefácio Próprio - Ofício da Solenidade - Glória e Creio
Cor: Branco - Ano “A” Mateus
Antífona: Lucas 12,42 Eis
o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou a sua casa.
Oração do Dia: Deus todo-poderoso, pelas preces de São José, a quem confiastes
as primícias da Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios
da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira Leitura: Segundo Livro de
Samuel 7,4-5a.12-14a.16
Naqueles dias, a
Palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: “Vai dizer ao meu servo
Davi: ‘Assim fala o Senhor: Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com
teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua
realeza. Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para
sempre o seu trono real. Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho.
Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será
firme para sempre’. - Palavra do Senhor.
Comentário: O templo é o lugar da presença
benevolente de Deus é a sua morada no meio dos homens. É ao mesmo tempo o lugar
em que a comunidade é acolhida por Deus. Ambas as coisas só se realizam em
Jesus Cristo feito homem. Aqui, a presença de Deus é real e corporal. Aqui a
humanidade é real e corporal, pois ele a aceitou em seu corpo. Por isso, o
corpo de Cristo é o lugar da aceitação, da reconciliação e da paz entre Deus e
o homem. Deus encontra no corpo de Cristo o homem e o homem é aceito no corpo
de Cristo. O corpo de Cristo é o templo espiritual, edificado de pedras vivas
(1 Pd 2,5ss). Só Cristo é fundamento e pedra angular deste templo (Ef 2,20;
1Cor 3,11), e é igualmente o templo (Ef 2,21) em que habita o Espírito Santo,
que enche os corações dos fiéis e os santifica (1Cor 3,16; 6,19). O templo de
Deus é a comunidade santa em Jesus Cristo. O corpo de Cristo é o templo vivo de
Deus e a nova humanidade". (Deus Único)
Salmo: 88(89),2-3.4-5.27
e 29 (R. 37)
Eis que a
sua descendência durará eternamente
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o
vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes:
"O amor é garantido para sempre!" E a vossa lealdade é tão firme como
os céus.
"Eu firmei uma Aliança com meu
servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no
teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu
reinado!"
Ele, então, me invocará: Ó Senhor, vós
sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!'
Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança
indissolúvel.
Segunda Leitura: Carta de São Paulo
aos Romanos 4,13.16-18.22
Irmãos, não foi por
causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé que Deus prometeu o mundo
como herança a Abraão ou à sua descendência. É em virtude da fé que alguém se
torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a
promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto
para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na
fé de Abraão, que é o pai de todos nós. Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de
muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os
mortos e faz existir o que antes não existia. Contra toda a humana esperança,
ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos,
conforme lhe fora dito: “Assim será a tua prosperidade”. Esta sua atitude de fé
lhe foi creditada como justiça. - Palavra do Senhor.
Comentário: Em vista da justiça que vem
da fé, Abraão recebeu gratuitamente de Deus a promessa de se tornar herdeiro do
mundo. Ora, a promessa feita a Abraão permanece e é transmitida como herança
aos seus descendentes. Todavia, os autênticos descendentes e herdeiros são
aqueles que Deus justifica através da fé, como fez Abraão, e não os que se
limitam a observar a Lei. Nossas pobres experiências de fidelidade nos tornam
desconfiados. Em qualquer encontro tememos que o outro procure possuir-nos,
ocupar alguma coisa nossa. Defendemo-nos de muitas maneiras – até de Deus –
muitas vezes com urbanidade, ou com a observância de um regulamento que salva
as aparências e impede um encontro leal, em profundidade. Mas o reino de Deus
não se desenvolve através de processos burocráticos. Não são os “honestos
funcionários” que o fazem progredir, mas as pessoas que alimentam a esperança
no Senhor e estão dispostas a segui-lo por caminhos imprevisíveis, aqueles que,
como Abraão, fazem da própria vida uma resposta de contínua confiança à
fidelidade de Deus. (Deus Único)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,16.18-21.24a
Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu
Jesus, que é chamado o Cristo. A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua
mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela
ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não
querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. Enquanto José
pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse:
“José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela
concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o
nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Quando
acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. - Palavra da Salvação.
Comentários:
São
José deve servir de modelo para todos nós. O Evangelho de hoje nos mostra
muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos na vivência da fé e do
compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José pertence à descendência de
Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação do mundo, como nós também
fazemos parte dos planos de Deus para a nossa salvação e das demais pessoas.
José é definido como justo, que na tradição bíblica corresponde à santidade, e
nós devemos aspirar à santidade. Na dúvida, José não fica preso nos seus
planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus. Da mesma forma, nós devemos
muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar realizar a vontade de Deus, e
não a nossa. (CNBB)
O
relato mostra com toda a clareza que a maternidade de Maria não é obra de José,
mas do Espírito Santo, fato que é afirmado duas vezes no breve relato. José,
interpelado enfaticamente como "Filho de Davi", garante a linhagem
dinástica de Jesus, que receberá esse título. Celebraram-se, segundo o costume,
os esposais, não o casamento, e não há coabitação precedendo o nascimento. Aqui
se diz que José era "honrado". O termo poderia significar que era
"inocente" no assunto que começava a se manifestar, mas que não queria
repudiá-la. "Privadamente" com o mínimo de testemunhas, sem processo
ou ação pública. A visão em sonhos recorda os sonhos de outro José e os supera.
O menino será realmente "filho" de Maria. Se José impõe o nome é
porque age como pai legal. O nome do menino (o mesmo que Josué é parecido com
Oséias) enuncia e anuncia o destino: se um rei deve "salvar" seu
povo, também o descendente de Davi nasce para salvar seu povo dos pecados.
Salvação teológica, não política. Mateus emprega o sonho como meio de revelação
fidedigna. (Bíblia do Peregrino, Paulus, 2002)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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