Liturgia Diária Comentada 11/02/2017 sábado Nossa Senhora de Loudes

5ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 94,6-7 - Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus.

Oração do Dia: Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 3,9-24

O Senhor Deus chamou Adão, dizendo: “Onde estás?” E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi”. Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”.

Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me e eu comi”. Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”.

À mulher ele disse: “Multiplicarei os sofrimentos da tua gravidez: entre dores darás à luz os filhos; teus desejos te arrastarão para o teu marido, e ele te dominará”. E disse em seguida a Adão: “Porque ouviste a voz da mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa! Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias da tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e cardos e comerás as ervas da terra; comerás o pão com o suor do teu rosto até voltares à terra de que foste tirado, porque és pó e ao pó hás de voltar”.

E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de todos os viventes. Então o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de pele e as vestiu. Disse, depois, o Senhor Deus: “Eis que o homem se tornou como um de nós, capaz de conhecer o bem e o mal. Não aconteça, agora, que ele estenda a mão também à árvore da vida para comer dela e viver para sempre!” E o Senhor Deus o expulsou do jardim de Éden, para que ele cultivasse a terra donde fora tirado. Expulsou o homem, e colocou a oriente do jardim de Éden os querubins, e a espada lampejante de chamas, para guardar o caminho da árvore da vida. - Palavra do Senhor.

Comentário: O autor, apresentando a visão crítica da realidade, afirma que a situação em que o projeto do homem e a humanidade inteira se encontram é uma situação de castigo. “O castigado é responsável pelo castigo: não poderá jamais liberar-se dele fingindo ignorar sua parte de responsabilidade nos males que sofre. Por outro lado, a situação de castigo nunca é normal e definitiva, mas provisória e passageira. A anormalidade permanecerá, enquanto o castigo não for cumprido e a culpa expiada. O bem do culpado, a ser obtido depois de ultimado o castigo, pode ser atingido unicamente através da aceitação ativa e responsável do próprio castigo. Na raiz do castigo está a culpa do castigado, que provoca uma ruptura de relações entre pessoas, relações que precisam ser restabelecida... Dizendo que os males que  sofremos são um castigo de Deus, a Bíblia estabelece a relação do homem  com Deus como ponto fundamental para a harmonia de todo o resto. Não é possível restabelecer a ordem perturbada da vida sem levar em conta o lugar que Deus deve ocupar na vida dos homens” (C. Mesters). E o primeiro passo foi o próprio Deus quem deu. (Missal Cotidiano)

Salmo: 89, 2. 3-4. 5-6. 12-13. (R.1)
Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós

Já bem antes que as montanhas fossem feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre. e para sempre vós sois Deus.

Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: "Voltai ao pó, filhos de Adão!" Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.

Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,1-10

Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: “Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”.

Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, e deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também.

Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. Eram quatro mil mais ou menos. E Jesus os despediu. Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.  - Palavra da Salvação.

Comentários:

Jesus age por compaixão em relação aos sofrimentos e dificuldades do povo de sua época. Ele ama com amor eterno e o seu amor se transforma em solidariedade, em gesto concreto. Jesus não para diante das dificuldades que são apresentadas, porque sabe que o amor supera todas as dificuldades. Jesus leva as outras pessoas a sentirem compaixão com ele e assim colaborarem na superação dos problemas. Os discípulos colaboram na medida em que organizam o povo e distribuem os pães. Outros contribuem também doando os sete pães, que poderiam garantir o próprio sustento. Assim, a compaixão cria uma rede de solidariedade que supera a fome no deserto. (CNBB)

A sensibilidade de Jesus em relação a seus ouvintes e seguidores era notável. Ele estava continuamente preocupado com eles e cuidava para não serem penalizados pelo cansaço ou pela fome. Seu coração de pastor falava mais alto nas situações delicadas. A multiplicação dos pães foi uma clara expressão da misericórdia de Jesus. E exemplo da misericórdia que deve haver no coração de quem se faz seu discípulo. Jesus podia ter considerado encerrada sua missão ao ter beneficiado as multidões com inúmeros milagres e expressões de bondade. Que cada qual voltasse para sua casa e retomasse suas atividades! Porém, as circunstâncias não permitiam. Era arriscado muitos morrerem pelas estradas antes de chegarem a seus destinos. O pastor não podia submeter seu rebanho a tal provação. A misericórdia de Jesus exigia dele encontrar uma saída. A solução consistiu em sugerir um gesto de partilha. Alguém colocou à disposição de todos seus sete pães e alguns peixinhos. Este gesto de desprendimento e espírito comunitário foi o ponto de partida para Jesus poder alimentar a todos, até ficarem saciados. A misericórdia de Jesus deu frutos imediatos. Assim se explica o despojamento e a solidariedade com que o desconhecido partilhou seus parcos alimentos e levou a multidão a ser salva de morrer pela fome. A superação do egoísmo já foi um verdadeiro milagre.  (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Notamos que o milagre da multiplicação dos pães (6,34ss), acontece novamente quase igual ao primeiro, Jesus e a multidão, a compaixão, o serviço dos discípulos, a organização do povo. Duas pequenas alterações, mas de grande significado. A primeira multiplicação aconteceu em território judeu, agora é a vez dos pagãos. Pagão também é filho de Deus. Para os judeus o número foi o doze, representando as doze tribos de Israel, já para os pagãos vêm o sete, e nós sabemos que ele é o sinal da perfeição, da plenitude. Conclusão: A Boa Nova só estará plenamente implantada quando todos os povos reconhecerem que vivem sob o Senhorio de um único Deus. O Reino de Deus é para todos. (Ricardo e Marta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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