8ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus
Antífona: Salmo
17,19-20 O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me
salvou porque me ama.
Oração do Dia: Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz
que desejais e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do
Eclesiástico 35,1-15 (Gr. 1-12)
Aquele que guarda a lei faz muitas oferendas; aquele que
cumpre os preceitos oferece um sacrifício salutar. Aquele que mostra
agradecimento oferece flor de farinha, e o que pratica a beneficência oferece um sacrifício de louvor. O que agrada ao Senhor é afastar-se do mal, e
o que o aplaca é deixar a injustiça. Não te apresentes na presença de Deus de
mãos vazias, porque tudo isso se faz em virtude do preceito. O sacrifício do
justo enriquece o altar, o seu perfume sobe ao Altíssimo. A oblação do justo é
aceitável, e sua memória não cairá no esquecimento. Honra ao Senhor com coração
generoso e não regateies as primícias que apresentares. Faze todas as tuas
oferendas com semblante sereno, e com alegria consagra o teu dízimo. Dá a Deus
segundo a doação que ele te fez, e com generosidade, conforme as tuas posses; porque
ele é um Deus retribuidor, e te recompensará sete vezes mais. Não tentes
corrompê-lo com presentes: ele não os aceita; nem confies em sacrifício
injusto, porque o Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas. -
Palavra do Senhor.
Comentário: O autor sagrado apresenta os
dois pontos básicos de sua religiosidade: a observância da lei e a prática do
culto. São dois elementos estreitamente complementares, um não pode estar sem o
outro. A observância dos mandamentos, a gratidão para com o próximo, a esmola,
o abandono da injustiça são agradáveis a Deus, como os sacrifícios e oferendas
rituais. Os ritos exigem adequadas disposições de ânimo. Quem os cumpre deve
ser justo, generoso na oferta; deve dar na proporção de suas possibilidades.
Ninguém se iluda, porém, pretendendo calar com dádivas a justiça de Deus.
Salmo: 49, 5-6. 7-8.
14.23 (R. 23b)
A todos que
procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus
"Reuni à minha
frente os meus eleitos, que selaram a aliança em sacrifícios!" Testemunha
o próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.
'Escuta, ó meu
povo, eu vou falar; ouve, Israel, eu testemunho contra ti: Eu, o Senhor;
somente eu; sou o teu Deus! Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre
estão perante mim teus holocaustos.
Imola a Deus um
sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao altíssimo. Quem me
oferece um sacrifício de louvor; este sim é que me honra de verdade. A todo
homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus".
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10,28-31
Naquele tempo: Começou Pedro a dizer a Jesus: Eis que nós
deixamos tudo e te seguimos. Respondeu Jesus: Em verdade vos digo, quem tiver
deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do
Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida - casa, irmãos,
irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições - e, no mundo futuro, a vida
eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora
são os últimos serão os primeiros. - Palavra
da Salvação.
Comentários:
Eu
posso contribuir para a minha salvação na medida em que eu faço de Deus o
centro da minha vida e a causa da minha felicidade, submetendo-me totalmente a
ele. Se eu vivo apegado às coisas do mundo, eu vivo em função delas e coloco
nelas a minha felicidade, fechando o meu coração à ação divina e a minha vida
ao projeto do reino dos céus. Para conseguir o desapego das coisas do mundo, é
necessário que a gente procure assumir uma nova hierarquia de valores que faz
com que sejamos capazes de desprezar os bens materiais, mas rejeitar os valores
do mundo significa sofrer perseguições nesta vida. É preciso renunciar aos
valores do mundo para ter a vida em Cristo. (CNBB)
A
opção pelo discipulado exigiu dos discípulos deixarem tudo para seguir Jesus. O
gesto deles deveu-se tanto ao amor por Jesus quanto ao amor pelo Evangelho. Em
suma, ao amor pelo Reino de Deus. Este amor despontou com tal força na vida dos
seguidores do Mestre, que os levou a relativizar os laços familiares e
afetivos, bem como seus projetos profissionais e todos os demais planos. É compreensível
a preocupação dos discípulos com seu futuro, subentendida nas palavras de
Pedro. Que recompensa poderiam esperar como resultado de seu gesto de desapego?
Estariam fadados a viver na penúria e na indigência? Que esperança poderiam
cultivar, posto que o Reino exigiria deles sempre contínuas renúncias? A
resposta de Jesus, embora clara, requeria dos discípulos uma grande dose de
discernimento para perceberem de que modo a promessa do Mestre fazia-se
verdadeira. Ele falava em recompensa centuplicada, correspondente a tudo quanto
fora deixado para trás: familiares e propriedades. E, como coroamento de tudo,
a vida eterna. Tudo isto, em meio a perseguições e dificuldades. A recompensa
prometida, neste mundo e no outro, seria puramente espiritual? As palavras de
Jesus referiam-se à recompensa material? Estaria o Mestre iludindo seus
discípulos? Foram questionamentos que passaram pelas mentes dos discípulos. Só
o tempo iria revelar o verdadeiro sentido das palavras do Mestre. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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