Evangelho Comentado do Dia 10/02/2017 sexta-feira 5ª Semana do Tempo Comum

5ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Memória: SANTA ESCOLÁSTICA - Virgem
Prefácio comum ou das virgens - Ofício da memória
Cor: Branco - Ano “A” Mateus

Antífona: Exultemos de alegria, pois o Senhor do universo amou esta virgem santa e gloriosa.

Oração do Dia: Celebrando a festa da santa Escolástica, nós vos pedimos, ó Deus, a graça de imitá-la, servindo-vos com caridade perfeita e alegrando-nos com sinais do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! 

Primeira Leitura: Livro do Gênesis 3,1-8

A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: É verdade que Deus vos disse: Não comereis de nenhuma das árvores do jardim? E a mulher respondeu à serpente: Do fruto das árvores do jardim, nós podemos comer. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: Não comais dele nem sequer o toqueis, do contrário, morrereis. A serpente disse à mulher: Não, vós não morrereis. Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.

A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento. E colheu um fruto, comeu e deu também ao marido, que estava com ela, e ele comeu. Então, os olhos dos dois se abriram; e, vendo que estavam nus, teceram tangas para si com folhas de figueira. Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, Adão e sua mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim. - Palavra do Senhor.

Comentário: O amor humano entre marido e mulher, valor to sublime e grande, tem-se tornado frequentemente instrumento de dominação e causa de ódio e divisão. Mas “no princípio não era assim”: Não é esta a intenção de Deus. O homem deve contestar a realidade presente, e construir uma nova conforme o desígnio de Deus. Diz o Vaticano II: “Justamente porque ato eminentemente humano, realizando-se diretamente de pessoa para pessoa com um sentimento que nasce da vontade, o amor entre marido e mulher abrange o bem de toda a pessoa e, por isso, tem a possibilidade de enriquecer com particular dignidade os sentimentos do espírito e suas manifestações físicas, e de nobilitá-las como elementos e sinais especais da amizade conjugal. O Senhor mesmo corrigiu e elevou este amor com um dom especial de graça a caridade”. (COMENTÁRIO BÍBLICO vol. III Edições Loyola)

Salmo: 31, 1-2. 5. 6. 7 (R. Cf. 1a)
Feliz aquele cuja falta é perdoada!

Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!

Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: "Eu irei confessar meu pecado!" E perdoastes, Senhor, minha falta.

Todo fiel pode, assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição, porque, ainda que irrompam as águas, não poderão atingi-lo jamais.

Sois para mim proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo da salvação que me vem só de vós. 

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 7,31-37

Naquele tempo, Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galiléia, atravessando a região da Decápole. Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

A comunicação é fundamental para que a pessoa possa viver em sociedade, e quem tem dificuldades para se comunicar pode facilmente ser excluído da comunidade à qual pertence. Quando vemos Jesus curar o surdo-mudo, ele não está simplesmente resolvendo o problema de saúde de alguém, mas está criando condições para que essa pessoa possa ser integrada na comunidade em que vive, possa também discutir os seus valores e deixar de ser uma pessoa com dependência, mas ser protagonista da sua história e da sua própria vida, portanto os benefícios que Jesus propicia ao surdo mudo vão muito além da simples cura. (CNBB)

Jesus "fazia bem todas as coisas". Isto revela o empenho que colocava no exercício de sua missão. Ele não fazia as coisas pela metade, não concedia benefícios parcelados e condicionados, nem se contentava com ações malfeitas. Pelo contrário, seus gestos poderosos traziam a marca da plenitude. No caso do surdo-mudo, a plenitude do gesto de Jesus deve ser entendida para além da cura física. O fato de abrir-lhe os ouvidos, possibilitando-lhe ouvir perfeitamente, e da libertação da mudez, de modo a poder falar sem dificuldade, já é, por si, formidável. Contudo, isto ainda seria insuficiente para que a ação de Jesus fosse declarada bem-feita. Era necessário possibilitar ao surdo-mudo um "abrir-se" ainda mais radical: desfazer-lhe as outras prisões, e num nível tal de profundidade, de forma a colocá-lo em plena sintonia com Deus e com os seus semelhantes. Sem esta passagem da cura física à cura espiritual, a primeira não teria muita importância. Vale a pena alguém ser curado da surdez e da mudez para levar uma vida egoísta, sem solidarizar-se com os necessitados? Tem sentido ser privilegiado com um gesto de misericórdia de Jesus, e recusar-se a ser misericordioso com o próximo? Só uma cura radical possibilitaria àquele homem ser misericordioso com os demais. E era isto que interessava a Jesus. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Jesus que inicialmente tinha se tirado a uma região pagã para fugir do assedio do povo e da perseguição das autoridades, retorna a sua missão impelido pela necessidade de fazer cumprir a vontade do Pai. Na cura do surdo Jesus volta o olhar para o céu como uma forma de deixar transparecer que toda sua ação está diretamente ligada a Deus. (“...os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente.” v.35) Aqui temos a lição por trás do milagre. A missão de Jesus é abrir nossos ouvidos para a Palavra de Deus e para sermos anunciadores da Boa Nova. (Ricardo e Marta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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