5ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Memória: SÃO PAULO MIKI E COMPANHEIROS - Mártires
Prefácio comum ou dos mártires - Ofício da memória
Cor: Vermelha - Ano “A” Mateus
Antífona: Alegram-se
nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o
próprio sangue; exultarão com ele eternamente.
Oração do Dia: Ó Deus, força dos santos, que em Nagasaki chamastes à verdadeira
vida são Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos,
por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Gênesis
1,1-19
No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava
deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus
pairava sobre as águas. Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz se fez. Deus viu
que a luz era boa e separou a luz das trevas. E à luz Deus chamou “dia” e às
trevas, “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. Deus disse:
“Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. E Deus fez o
firmamento, e separou as águas que estavam embaixo das que estavam em cima do
firmamento. E assim se fez. Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e
uma manhã: segundo dia. Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do
céu num só lugar e apareça o solo enxuto!” E assim se fez. Ao solo enxuto Deus
chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom. Deus
disse: “A terra faça brotar vegetação e plantas que deem semente, e árvores
frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, que tenham nele sua semente
sobre a terra”. E assim se fez. E a terra produziu vegetação e plantas que
trazem semente segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a
semente da sua espécie. E Deus viu que era bom. Houve uma tarde e uma manhã:
terceiro dia. Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar
o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as épocas, os dias e os anos,
e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra”. E assim se fez.
Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para presidir ao dia, e o
luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. Deus colocou-os no
firmamento do céu para alumiar a terra, para presidir ao dia e à noite e
separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. E houve uma tarde e uma
manhã: quarto dia. - Palavra do Senhor.
Comentário: As narrativas do Gênesis
dizem respeito pessoalmente a cada um de nós e a todos em conjunto: não falam
de fatos remotos, mas das nossas relações com Deus, definidas pela criação, a
eleição, o pecado e a salvação. Estes constituem a “pré-história”, o início de
nossa salvação. Na narração da criação do mundo o cristão vê uma mensagem
fundamental. Deus é o criador de tudo o que existe. Daí provém a bondade
radical do mundo, a sua “solidez” e a esperança no seu futuro: Deus é solidário
com tudo o que criou, ele é “aquele que ama tudo o que vive” (Sb 11,26) e o
conduz, dia após dia, à realização plena e final. Junto com ele, o cristão pode
ser profundamente otimista: “Deus contemplou tudo o que tinha feito, e eis que
era tudo muito bom”. (Missal Cotidiano)
Salmo: 103, 1-2a. 5-6.
10.12. 24.35c (R. 31b)
Alegre-se o
Senhor em suas obras!
Bendize, ó minha
alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e
esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto.
A terra vós
firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a
cobriram como um manto, e as águas envolviam as montanhas.
Fazeis brotar em
meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas
margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto.
Quão numerosas, ó
Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com
as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 6,53-56
Naquele tempo, tendo Jesus e
seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e
amarraram a barca. Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram
Jesus. Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas
camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. E, nos povoados, cidades
e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para
tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam
curados. - Palavra da Salvação.
Comentários:
O
cristão de verdade não pode ficar parado. Ele nunca pode dizer que cumpriu a
sua missão, pois ele deve estar sempre a caminho, sempre se lançando rumo aos
novos trabalhos, prestando atenção aos apelos que a realidade faz, buscando
superar novos desafios e obstáculos, sempre olhando com misericórdia os irmãos
e irmãs, procurando conhecer os seus problemas e necessidades e sendo para
todos a manifestação do amor de Deus que responde ao clamor dos seus filhos e
filhas. Por isso, quando terminamos uma etapa da caminhada, devemos iniciar
outra imediatamente, pois a proposta do Reino exige isso. (CNBB)
A
presença de Jesus causava alvoroço por onde ele passava. De toda parte,
aparecia gente transportando doentes em macas, para depositá-los nas praças
públicas, junto do Mestre, na esperança de poder fazê-los tocar no manto dele,
a fim de serem curados. Este gesto de tocar estava carregado de simbolismo. O
contato físico estabelecia uma ligação direta com a fonte do poder curador,
possibilitando ao doente recuperar a saúde. Simbolizava a comunhão entre Jesus
e aquele que desejava ser curado. Portanto, podia ser tomado como expressão da
fé e da confiança no Mestre. Era uma forma de bater às portas de um mundo
misterioso onde a vida era restaurada. Era, também, uma maneira de o humano
aproximar-se do sagrado e estabelecer com ele um relacionamento de intimidade. De
sua parte, Jesus não proibia as pessoas de tocá-lo, nem se sentia incomodado
com isto. Por quê? Ele sabia que tinha sido enviado para os pobres, destinatários
privilegiados de sua ação. Os que buscavam tocá-lo eram pobres. Daí não ter por
que irritar-se com eles. Por outro lado, se estes, ao tocá-lo, ficavam curados,
tanto melhor. Isto era um sinal claro da presença do Reino na história humana,
restaurando a vida. Portanto, os doentes estavam no caminho certo, quando
tentavam tocar em Jesus. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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