Evangelho Comentado do Dia 17/01/2017 terça-feira

2ª Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio Comum ou dos Santos – Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano “A” Mateus

Antífona: Salmo 91,13-14 - O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro do Líbano, plantado na casa do senhor, nos átrios de nosso Deus.

Oração do Dia: Ó Deus,  que chamastes ao deserto santo Antão, pai dos monges, para vos servir por uma vida heroica, dai-nos, por suas preces, a graça de renunciar a nós mesmos e amar-vos acima de tudo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Carta aos Hebreus 6,10-20

Irmãos, Deus não é injusto, para esquecer aquilo que estais fazendo e a caridade que demonstrastes em seu nome, servindo e continuando a servir aos santos. Mas desejamos que cada um de vós mostre até o fim este mesmo empenho pela plena realização da esperança, para não serdes lentos à compreensão, mas imitadores daqueles que, pela fé e a perseverança, se tornam herdeiros das promessas. Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, não havendo alguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: “Eu te cumularei de bênçãos e te multiplicarei em grande número”. E assim, Abraão foi perseverante e alcançou a promessa.


Os homens juram, de fato, por alguém mais importante, e a garantia do juramento põe fim a qualquer contestação. Por isso, querendo Deus mostrar, com mais firmeza, aos herdeiros da promessa, o caráter irrevogável da sua decisão, interveio com um juramento.

Assim, por meio de dois atos irrevogáveis, nos quais não pode haver mentira por parte de Deus, encontramos profunda consolação, nós que tudo deixamos para conseguir a esperança proposta. A esperança, com efeito, é para nós qual âncora da vida, segura e firme, penetrando para além da cortina do santuário, aonde Jesus entrou por nós, como precursor, feito sumo sacerdote eterno na ordem de Melquisedec. - Palavra do Senhor.

Comentário: As últimas realidades da morte e do juízo devem ser apresentadas aos cristãos “sob o signo da consolação e da esperança”. Nossas boas obras são de fato pouca coisa diante de Deus, e ele leva em conta isso: Deus não é injusto, não esquece a vossa atividade e o amor que tendes demonstrado para com ele, mediante os serviços prestados aos santos (isto é, aos irmãos na fé). Jesus nos assegura que “um copo d´água dando em seu nome não perderá sua recompensa” (Mc 9, 41). Assim como prometeu a Abraão, Deus continua a prometer a felicidade do seu reino a todos os homens que querem seguir os seus caminhos. Isto significa que o que conta é perseverar até o fim, para sermos “imitadores daqueles que, com a fé e a perseverança, se tornam herdeiros das promessas”. Cristo, entrando na glória do Pai depois de sua ressurreição, dá valor a toda a nossa vida, fazendo de cada uma de nossas obras como que uma liturgia perene, que nos introduz cada vez mais profundamente no seu mistério e nos prepara para a entrada gloriosa junto ao Pai no fim dos tempos. (Missal Cotidiano)

Salmo: 110, 1-2. 4-5. 9.10c (R. 5b)
O Senhor se lembra sempre da Aliança

Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas. Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança.

Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 2,23-28

Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”

Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”.

E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Novamente entra em discussão a questão das práticas religiosas. O evangelho de hoje nos apresenta a questão do legalismo religioso e da verdadeira finalidade da religião. Muitas vezes, vemos que as religiões estão muito mais fundamentadas em proibições do que em motivações e na criação de novos relacionamentos das pessoas com Deus e das pessoas entre si. O resultado dessa mentalidade é que a religião se torna cada vez mais uma coisa odiosa e insuportável, e Deus aparece não como um Pai amoroso, mas como um carrasco autoritário. A verdadeira religião é aquela que cria valores e leva as pessoas à maturidade em todos os sentidos para que livremente possam optar por Deus. (CNBB)

Como no caso do jejum, os judeus também eram exagerados no tocante ao repouso sabático. Por isso, escandalizam-se ao ver os discípulos de Jesus colher espigas de trigo para comer, enquanto atravessam um trigal em dia de sábado. O fanatismo pela observância da Lei impedia-os de fazer qualquer tipo de contemporização. Jesus ia na direção contrária, procurando mostrar-se fiel a Deus por outros caminhos, e ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo. Para o Mestre a finalidade da Lei era propiciar ao ser humano uma autêntica experiência de encontro com a vontade de Deus. Praticar seus preceitos de maneira puramente mecânica seria inútil. Este tipo de fidelidade exterior à vontade divina não era sinal de que a pessoa havia superado a tirania do egoísmo. Jesus pregava uma fidelidade criativa à Lei, de modo que, ao praticá-la, a pessoa pudesse atingir seu objetivo. O Mestre apresentou dois motivos para justificar a permissão de colher espigas em dia de sábado. Em primeiro lugar, por ter acontecido coisa semelhante com o rei Davi, o qual, num dia de sábado, matou a fome com os pães consagrados que só aos sacerdotes era permitido comer. Além disso, as espigas não eram consagradas como os pães. Em segundo lugar, porque Jesus tinha autoridade, recebida do Pai, para agir como agiu. Se os discípulos estavam comendo para poder continuar a missão, por que censurá-los? (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

O sábado era considerado um dia sagrado destinado ao repulso e a oração, até ai tudo bem, acontece que os doutores da lei transformaram esse dia sagrado em um verdadeiro tormento. Foram tantas as proibições que é mais fácil dizer o que pode fazer, do que relacionar o que não pode. Algumas das imposições (para não dizer todas) chegavam a ser absurdas e mesquinhas, então vejamos: “apanhar lenha era considerado um pecado grave”, “a preparação de alimentos também”, “bater palmas, dá para acreditar”, “visitar um doente, nem pensar”, para não esticar a conversa basta dizer que existia uma relação de 39 trabalhos que eram proibidos no sábado. Se você acha melhor passar o sábado dormindo para não correr o risco de pecar, desculpe dizer, você acabou de pecar, lembre-se: “o sábado é dia de repouso, mas também de oração”. Violar qualquer lei do sábado seria a mesma coisa de jogar na sarjeta sua santidade. Como resposta nossa de apoio a atitude de Jesus, basta citar Gn 1,27-30. (Ricardo Feitosa)

SANTO DO DIA: MEMÓRIA OBRIGATÓRIA

Santo Antão do Egito – Abade

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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