
Quais foram às promessas
que o Senhor nos fez sobre o envio do Espírito Santo aos nossos corações?
Com certeza são muitas; mas vejamos algumas que se encaixem
melhor em nossa compreensão.
Falando da libertação de Israel, o Senhor nos diz: “Sobre os
planaltos desnudados, farei correr água, e brotar fontes no fundo dos vales.
Transformarei o deserto em lagos e a terra árida em fontes”. (Is 41,18).
Na verdade ele nos prometeu começar derramando seu Espírito
sobre o Salvador prometido.
“Eis que o meu servo, eu o ampararei; o meu escolhido, no
qual a minha alma pôs a sua complacência. Sobre ele derramarei o meu espírito,
ele espalhará a justiça entre as nações”. (Is 42,1).
Através do profeta Ezequiel e Joel, falando sobre a
renovação do seu povo, o Senhor fez, também para nós, granes promessas:
“Derramarei sobre vós uma água pura, sereis purificados de
todas as vossas imundícies, purificar-vos-ei de todos os vossos ídolos”.
Dar-vos-ei um coração novo e porei um novo espírito no meio de vós; tirarei da
vossa carne o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Porei o meu
espírito no meio de vós, farei que andeis nos meus preceitos, que guardei as
minhas leis e que as pratiqueis. Habitareis a terra de que fiz presente a
vossos pais; sereis meu povo, e eu serei vosso Deus. (Ez 36,25-28).
“Acontecerá que derramarei o meu espírito sobre toda carne,
e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos serão
instruídos por sonhos e os vossos jovens terão visões”. (Jl 3,1).
Ora, no tempo da plenitude, o Filho de Deus, Jesus Cristo,
nasceu da Virgem Santíssima, pelo poder do Espírito Santo (Gl 4,4; Mt 1,20) e,
quando, com trinta anos de idade, foi batizado por João Batista, no Jordão, o
Espírito de Deus desceu sobre Ele em forma corpórea de pomba, e o Pai falou do
alto, dizendo: “Este é o meu Filho
amado, no qual pus todas as minhas complacências”. (Mt 3,17b). Então a
promessa de derramar o Espírito Santo sobre o Filho de Deus, acabara de se
cumprir, ali, às margens do rio Jordão.
Quanto a nós, que disse o
Senhor Jesus acerca do Espírito Santo?
“Quem crê em mim, como diz a Escritura; do seu interior
manarão rios de água viva”. (Jo 7,38).
O Senhor Jesus instrui seus discípulos sobre a missão
apostólica e os advertiu sobre muitas coisas. Entre elas, que seriam entregues
às autoridades, mas que não se preocupassem sobre o que haviam de dizer;
“porque o Espírito do vosso Pai é o que falará em vós”. (Mt 10,19-20; Lc
12,12).
Ora, o Espírito Santo é o comunicador da sabedoria divina,
do amor de caridade do Pai e do Filho, e da santificação de que necessitamos
para ver a Deus. (Hb 12,14).
Assim, a missão específica do Espírito de Deus em nós é
ensinar, repreender, corrigir, recordar e formar na justiça, para que sejamos
perfeitos e aptos para toda obra que nos seja confiada por Deus. (II Tm
3,16-17).
Dessa forma, pelo batismo de regeneração e renovação do
Espírito Santo (Tt 3,5) seremos. se quisermos ser santificados no amor curador
e misericordioso do Pai e do Filho.
Não é verdade que aqueles que experimentam a redenção
liberativa do sangue de Cristo são santificados pelo Espírito Santo, para o
Senhor?
“Pedro disse-lhes: Fazei penitência e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados; recebereis
o dom do Espírito Santo. Porque a promessa é para vós, para os vossos filhos,
para todos os que estão longe e para quantos nosso Deus chamar”. (At 2,38-39).
Que disse o Senhor aos
seus apóstolos antes de sua ascensão aos céus?
“Eu vou mandar sobre vós o (Espírito Santo) prometido por
meu Pai; entretanto permanecei na cidade, até que sejais revestidos da virtude
do alto” (Lc 24,49).
Ora, para isto, o Senhor Jesus havia dito que rogaria ao Pai
em favor dos que guardassem os seus mandamentos, e lhes seria dado outro
Paráclito para ficar com eles para sempre. (Jo 14,15-16).
Nesse sentido, Jesus Cristo, conforme narrou S. Lucas nos
atos dos apóstolos, acrescentou: “João, na verdade, batizou em água, mas vós
sereis batizados no Espírito Santo, daqui há poucos dias”, (At 1,5).
O Senhor Jesus disse isto porque todas as suas testemunhas
terão que ser revestidas da graça que salva (Ef 2,8), da verdade que liberta
(Jo 8,32 e do amor de caridade que cura, purifica e santifica os quantos creem
nele de todo o coração). (Jo 6,47; Jr 29,13).
“Recebereis a virtude do Espírito Santo, que descerá sobre
vós e me sereis testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, na Samaria e até às
extremidades da terra”. (At 1,8).
Por que temos que ser
santificados pelo Espírito Santo?
Porque a grande vocação do cristão é, sem dúvida, retornar
ao estado de graça e santidade que, no princípio, desfrutaram os nossos
primeiros pais, Adão e Eva, no paraíso de delícias; pois é certo que, sem um
coração puro (Mt 5,8) e uma alma santa
(Hb 12,14) jamais veremos o Senhor da vida.
Que nos diz o Antigo
Testamento sobre a vocação dos santos?
Que devemos ser santos, como o Senhor nosso Deus é Santo.
Como se pode observar, não há alternativa: “Santos ou santos!”.
“Sereis para mim um reino sacerdotal e uma nação santa.
Estas são as palavras que dirás aos filhos de Israel”. (Ex 19,6).
Alias, São Pedro, em sua carta, exorta-nos a que sejamos
santos!
“A exemplo da santidade daquele que vos chamou sede também
vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: “Sede santos, porque
eu, o Senhor vosso Deus, sou santo (Lv 11,44)”“.
Que pede o Senhor Jesus
Cristo aos seus escolhidos?
A perfeição que só existe num coração puro e na alma santa!
Foi um coração e uma alma santa que, no princípio, recebemos através de nossos
primeiros pais, das mãos do Senhor de toda graça e de toda a glória.
“Sede, pois, perfeitos, como também vosso Pai celestial é
perfeito”, (Mt 5,48).
Concluímos, finalmente, que o Pentecostes da Igreja e o
Pentecostes pessoal, de cada um de seus filhos e filhas correspondem ao
cumprimento da promessa do Pai; porque tudo quanto o Senhor Jesus Cristo
resgatou do seio das trevas será ofertado por Ele ao Pai das luzes, e toda
oferenda resgatada, perfeita, santa e acabada, conceda-nos a alegria de ouvir
dos lábios do Senhor de toda glória as mesmas palavras do princípio da criação:
“Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom”. (Gn 1,31).
Texto: João C. Porto
Foto retirada da internet
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