Santa Paula Isabel Cerioli - 24 de Dezembro

Santa Paula Elisabete, que pelas heroicas virtudes praticadas na terra, vos tornastes no céu querida a Deus e valiosa mediadora de graças, ouvi a nossa prece. A vós recorremos, bondosa mãe, na certeza de sermos ouvidos. Obtende-nos, pois, a graça que mais precisamos...

(nomear a graça desejada).


Confiantes na vossa poderosa intercessão, como prova de nossa gratidão, prometemos imitar o vosso extraordinário amor para com os pobres e desamparados, a vossa confiança em Deus e a vossa generosidade em fazer o bem. Amém.

Santa Paula Isabel Cerioli, rogai por nós!

Paola Elisabetta Cerioli, nasceu em Soncino (Cremona ‑ Itália), aos 28 de janeiro de 1816. Seus pais eram o nobre Francisco Cerioli e a Condessa Francisca Corniani, ricos fazendeiros, e ainda mais ricos pela vida cristã que testemunhavam na família e na sociedade. Recém nascida foi logo batizada, em casa, pois corria risco de vida; superada a fase crítica, o dia 2 de fevereiro se completou na Igreja o rito do Batismo.

Desde cedo teve que lidar com o sofrimento aquele físico, pelo seu corpo frágil e não poucas vezes doente; aquele moral, vendo a miséria, na época muito presente entre as pessoas do campo, para as quais a mãe despertou cedo a atenção dela, com verdadeira sabedoria cristã.

Chegado o tempo da sua formação cultural e moral, como era costume na época para as famílias nobres, foi enviada no Mosteiro das Irmãs da Visitação em Alzano Maggiore (Bérgamo ‑ Itália), onde já tinha sido enviada a irmã e onde se encontrava a tia, irmã Giovanna. Por quase cinco anos, a partir de 11 anos até 16, Constança ficou naquele colégio recebendo a formação prevista para as filhas da nobreza. Depois da volta para a casa, a vontade dos pais, na qual ela sempre reconheceu a vontade do Deus, a levou, com 19 anos, ao casamento com Gaetano Busecchi, de 58 anos, herdeiro dos Condes Tassis de Comonte de Seriate (Bérgamo ‑ Itália).

O não fácil casamento a viu uma esposa dócil e cuidadosa. Teve a alegria de gerar quatro filhos, dos quais, porém três morreram recém nascidos; o outro, Carlos, morreu com 16 anos. Poucos meses depois morria também o marido, deixando Constança sozinha e herdeira de um grande patrimônio. A perda do último filho e do marido foi para ela uma experiência dramática. Caiu num estado de grande aflição. Graças porém à ajuda de dois Bispos de Bérgamo, Mons. Luis Speranza e Mons. Alexandre Valsecchi, que a acompanharam espiritualmente, teve a força de se agarrar à fé. Deparou-se com o mistério da Mãe das Dores e se abriu, através de uma profunda vida de fé e de caridade ativa, ao valor da maternidade espiritual, preparando-se desta forma para uma doação total de si a Deus no serviço dos pequenos e pobres.

Só poucos meses depois de ter ficado viúva abriu o seu palácio nobre para as meninas abandonadas do campo e em 1857, junto com seis companheiras, fundou o Instituto das Irmãs da Sagrada Família. Tendo enfrentado não poucas dificuldades, no dia 4 de novembro de 1863, realizava a sua mais profunda inspiração, abrindo a primeira casa para a acolhida e a educação dos pobres filhos do campo, disponibilizando para isso a sua propriedade de Villacampagna (Cremona ‑ Itália): o primeiro e fiel colaborador era o irmão João Capponi, natural de Leffe (Bérgamo ‑ Itália).

Desta forma ela fundava os Institutos das Irmãs e dos Irmãos da Sagrada Família para o socorro material e a educação moral e religiosa da classe camponesa, na época a mais excluída e pobre. Escolheu a Sagrada Família como modelo, ajuda e conforto, querendo que as suas comunidades aprendessem dela como ser famílias cristãs acolhedoras, unidas no amor atuante, na fraternidade serena, na fé forte simples e confiante.

Feliz por ter se tornado pobre com os pobres, aos 24 de dezembro de 1865 morreu deixando aos cuidados da Providência o Instituto feminino já bem começado e a semente recém jogada do Instituto masculino.

Benaventurada Paola Elisabetta viveu tempos difíceis - nos meados do século XIX - quando as regiões da Lombardia e do Veneto estavam sobe o domínio do Império da Áustria; tempos de fortes contrastes pelas consequências do liberalismo e do nacionalismo como herança da revolução francesa. O perfil espiritual da Cerioli é marcado pela ação forte da Trindade que moldou a vida e o coração dela de maneira surpreendente. No centro de todo seu desejo e atividade tem sempre uma referência explícita a Deus Pai e ao seu Filho Jesus. Mas o desenvolvimento do seu testemunho espiritual foi marcado de maneira especial pela figura de Maria Mãe das Dores.

Este mistério de Maria, que manifesta uma união total e profunda com o mistério de Jesus que na sua vida terrena não exclui a tentação e a cruz, para a Cerioli não foi só objeto de contemplação exterior: durante o ano de 1854 se tornou verdadeira iluminação que vivificou o destino de sua vida e de sua obra: “Confessou que uma vez, considerando as dores de Maria Santíssima e imaginando um momento em que ela viu a morte do seu Divino Filho, sentiu um pressentimento tal e um tal aperto de coração, que angustiada se deixou cair sentada quase desmaiando. "Não sei - dizia depois - como eu posso ter sobrevivido, frágil e provada como estava". Foi assim que lentamente se sentiu levada a ter em si mesma aquelas atitudes e disposições que foram próprias de Maria e que o filho agonizante, de maneira profética, a convidava a assimilar: “Mãe não chores, Deus te dará outros filhos”.

Destacou-se pela maternidade espiritual, a caridade concreta, a piedade, a absoluta confiança na Providência, o amor para a pobreza, a humildade e a simplicidade e pela admirável submissão aos Superiores (os Bispos seus orientadores espirituais). Valorizou a dignidade e o papel da mulher na família e na sociedade.

O que caracteriza de maneira singular a ação apostólica da Beata é a constante referência ao modelo evangélico Jesus, visitado e vivido em várias formas contemplativas e no apostolado social, voltado de maneira especial para o socorro e a educação das crianças pobres do campo porque consideradas as mais abandonadas e as mais necessitadas. Criou colégios para órfãs e órfãos, abandonados e sem futuro; instituiu escolas, cursos de doutrina cristã, exercícios espirituais, recreações festivas e assistência às enfermas. Vencendo dificuldades e incompreensões de todo tipo, quis dar início a uma instituição religiosa constituída por homens e mulheres que, de alguma forma, imitassem o modelo evangélico do mistério de Nazaré constituído por Maria e José que acolhem Jesus para doá-lo ao mundo.

O propósito da Fundadora de mediar a paternidade-maternidade benéfica de Deus para os filhos abandonados dos pobres camponeses da sua época tem como referência fundamental a Santa Família de Jesus, Maria e José. E isso não como conseqüência de uma reflexão teológica sobre a Família de Nazaré por parte da Cerioli, mas da sua experiência prática pessoal.

A contemplação da Família de Nazaré sugere a ela a aceitação de um modelo de geração, de paternidade, de maternidade e também de filiação característicos só da fé, aberto para novos horizontes e a nos caminhos para criar condições sempre mais eficazes para a afirmação da paternidade-maternidade de Deus.

Este projeto vocacional levou Irmã Paola Elisabetta a aceitar com alegria a pobreza total da Santa Família: «Eis-nos a Belém! Ó, feliz Belém! Aqui, Irmãs, entremos com respeito, nesta humilde gruta, morada do Homem-Deus. Não tenham medo: aqui todos têm livre acesso. Que bondade! Prostremo-nos em silêncio num canto deste lugar e olhemos com respeito estes três augustos Personagens do Céu, e com a luz daquele fulgurante esplendor que ilumina em cada parte a querida choupana, meditemos com atenção o que Eles dizem e fazem o que aqui acontece... Porque é a partir destes primeiros exemplos que as Irmãs da Sagrada Família devem formar o seu espírito. Pobreza, eis o que por primeiro cai sob o nosso olhar... Ó pobreza, quanto você é grande! Quanto você é honrada agora que foi escolhida como companheira por um Deus Menino!».

A pobreza vivida e ensinada por esta Benaventurada não é principalmente a pobreza de recursos materiais, e sim a renúncia a gerir os afetos de maneira pessoal para deixar a Deus a liberdade de doar o que a Ele agrada.

Consumida na intensa atividade assistencial e religiosa, com apenas quarenta e nove anos de idade, morreu na véspera do Natal de 1865, em Comonte, Bergamo. Madre Paula Isabel Cerioli foi beatificada pelo papa Pio XII em 19 de março de 1950, durante o Ano Santo. Foi declarada santa pelo papa João Paulo II em 16 de maio de 2004.

Fonte: Vaticano - Edições Paulinas
Oração: santossanctorum.blogspot.com.br/2014/12/santa-paula-isabel-cerioli-24-de.html
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