Prefácio do Advento II - Ofício do dia
Cor: Roxo - Ano “A” Mateus
Antífona: Isaías
11,1; 40,5; Lucas 3,6 - Um ramo brotará da raiz de Jessé; a glória do Senhor
encherá a terra inteira, e toda criatura verá a salvação de Deus.
Oração do Dia: Senhor Deus, ao anúncio do anjo, a virgem imaculada acolheu o
Verbo inefável e, como habitação da divindade, foi inundada pela luz do
Espírito Santo. Concedei que, a seu exemplo, abracemos humildemente a vossa
vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Profeta
Isaías7,10-14
Naqueles dias, o Senhor falou com Acaz, dizendo: “Pede ao
Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra,
quer venha das alturas do céu”. Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o
Senhor”.
Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que
achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois
bem, o próprio Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à
luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”. quer venha das alturas do céu”. Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem
tentarei o Senhor”. Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que
achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois
bem, o próprio Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à
luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”. - Palavra do Senhor.
Comentário: O oráculo do Emanuel situa-se
em torno do ano 734 a.C. Acaz é rei de Judá. O povo, sobretudo a população de
Jerusalém, passa por graves dificuldades. A cidade havia sido cercada por
Facéia, rei de Israel, e Rason, rei de Aram, naquela que se costumou chamar de
“guerra siro-efraimita”. A coligação entre o rei de Israel e o de Aram tinha
como objetivo tomar a cidade de Jerusalém, depor Acaz e estabelecer aí, como
rei, o filho de Tabeel (cf. Is 7,6). Desse modo, terminaria a dinastia
davídica, truncando a promessa que Deus fizera a Davi de conservar-lhe sempre
um descendente no trono de Judá (cf. 2Sm 7,12-16). Não se trata, portanto, de
simples disputa pelo poder. Lido com os olhos da fé, o episódio levanta esta
questão: até quando Deus continuará sendo aliado do povo que escolheu? O povo
vive um clima de perplexidade, sem que o rei se importe com isso. Diante do
perigo externo, recorre a alianças perigosas com a Assíria (cf. 2Rs 16,7),
gesto que Isaías condena, pois a esperança do povo está em Javé. Além disso,
ele se comporta como idólatra, queimando seu filho único (o herdeiro ao trono)
aos ídolos (cf. 2Rs 16,3). É por isso que ele não pede nenhum sinal a Deus, com
a desculpa de não querer tentar o Senhor (Is 7,12). Sua aparente religiosidade
esconde a idolatria, e é exatamente isso que o profeta reprova. O sinal tem por
objetivo confirmar a proteção de Deus sobre o rei e o povo, mostrando que ele
permanece fiel às suas promessas. Contudo, a fidelidade divina arrisca se
tornar estéril por causa do descaso do líder. Apesar de o rei não pedir um
sinal “desde as profundidades do reino dos mortos até as alturas lá em cima”
(v. 11), Deus se adianta e, por meio de Isaías, dá um sinal de que sua
fidelidade perdura para sempre: “A jovem concebeu e dará à luz um filho e lhe
dará o nome de Emanuel” (v. 14). O sinal é uma criança, provavelmente Ezequias,
o filho de Acaz. Ele não vai garantir a salvação para Acaz, mas devolverá
esperança ao povo. Porém, o sinal não possui espaço e tempo determinados; ele
se projeta no horizonte da esperança, rompendo as barreiras do tempo. Foi assim
que o povo, depois de Isaías, entendeu o oráculo, sonhando com a vinda do
Messias. E os primeiros cristãos, à luz das promessas de Deus, descobriram que
em Jesus a esperança do povo se realizou e a fidelidade divina atingiu sua
expressão máxima. Mateus cita esse texto a partir da versão grega chamada
Septuaginta. Ela – não sabemos o motivo – em vez de “jovem”, como está no
hebraico (almá), traz “virgem” (parténos). (Vida Pastoral nº 257/Paulus)
Salmo: 23 (24), 1-2.
3-4ab. 5-6 (R. 7c.10b)
O Senhor vai
entrar, é o Rei glorioso!
Ao Senhor pertence
a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque
ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.
“Quem subirá até o
monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação? Quem tem mãos puras e
inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
Sobre este desce a
bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos
que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.”
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38
No sexto mês, o anjo Gabriel foi
enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem,
prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o
nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia
de graça, o Senhor está contigo!” Maria ficou perturbada com
estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
O anjo, então, disse-lhe: “Não
tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás
e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será
chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi.
Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá
fim”. Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem
algum?”
O anjo respondeu: “O Espírito
virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o
menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua
parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era
considerada estéril, porque para Deus nada é impossível”. Maria, então, disse:
“Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo
retirou-se. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Maria
recebe do anjo a noticia de que seria a mãe do Messias. Como poderia acontecer
isso se ela não conhece homem? Fazendo uma relação com o Evangelho de ontem,
percebemos que mulheres estéreis geraram filhos por obra divina, e filhos que
atuaram decisivamente na história da salvação. Maria não podia ter filhos, mas
isso era fruto de sua vontade, de sua consagração virginal. E nesta
"esterilidade", Deus age. E sem a atuação de um homem, mas do próprio
Espírito Santo, Maria gera no seu ventre virginal aquele que é o Senhor da
história e que vai mudar radicalmente a vida das pessoas. (CNBB)
A
saudação do anjo Gabriel surpreendeu Maria. Quem era ela senão uma humilde
habitante de Nazaré, cidade sem importância das montanhas da Galileia? Mulher
sem maiores pretensões do que a de ser fiel a Deus; uma virgem já prometida em
casamento a José, mas sem viver conjugalmente com ele, conforme as tradições de
seu povo? Afinal, que méritos tinha para ser uma “agraciada”, “plena da graça”
divina? Maria estava longe de compreender o projeto de Deus a seu respeito. Sua
humildade de mulher simples do interior não lhe permitia pensar grandes coisas
a respeito de si mesma. Quiçá tenha sido este o motivo por que fora escolhida
por Deus para ser mãe do Messias. Livre de toda forma de orgulho e
autossuficiência, Maria podia abrir seu coração para receber a graça de Deus
que haveria de torná-la templo do Espírito Santo. Ela tornou-se objeto da
atenção divina, no seu anseio de salvar a humanidade. Deus queria contar com
alguma pessoa disposta a se tornar “escrava do Senhor”, e permitir que a
vontade divina acontecesse em sua vida, sem objeções. Foi para Maria que se
voltaram os olhares de Deus! Tudo quanto o anjo comunicara a Maria era grande
demais para o seu entendimento, e superava sua capacidade de pô-lo em prática.
Abriu-se para ela uma perspectiva nova, ao lhe ser prometida a assistência do
Espírito Santo. Este seria a força que lhe permitiria levar a bom termo a
missão divina que lhe fora comunicada pelo anjo. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
SANTO DO DIA: 20 de dezembro
São Domingos de Silos
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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