Liturgia Diária Comentada 11/12/2016 Domingo 3ª Semana do Advento

3ª Semana do Advento - 3ª Semana do Saltério
Prefácio do Advento I - Ofício do dia
Creio - Cor: Roxo - Ano “A” Mateus

Antífona: Fl 4,4-5- Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo, alegrai-vos! O Senhor está perto.

Oração do Dia: Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o natal do Senhor, daí chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!


Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 35,1-6a.10

Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: "Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para nos salvar". Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos. Os que o Senhor salvou voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos; cheios de gozo e contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto.  - Palavra do Senhor.

Comentário: O povo estava no cativeiro. Os inimigos tinham vazado os olhos de alguns, outros estavam mutilados, todos desiludidos e desanimados. O profeta canta de maneira espetacular a esperança de saída do cativeiro e retorno para a própria terra. Será para nós símbolo de uma esperança maior. O caminho da volta é o deserto, tal como o caminho da escravidão do Egito até a Terra Prometida. É um novo êxodo. O caminho é o deserto, mas a certeza da esperança faz do deserto um jardim. A esperança é a força para a caminhada: nada de braços cansados ou joelhos cambaleantes, nada de medo, coragem! É Deus que vem para salvar! Se o caminho da liberdade e da vida é difícil, é um deserto, a certeza de que a salvação vem de Deus dá força e coragem e transforma o deserto em jardim. Aí já não haverá cego, surdo, mudo ou pessoas com deficiência física. Estas não apenas vão andar por si: vão pular como cabritos; os mudos vão soltar a voz e cantar um hino. Acabou a cegueira, a mudez, a surdez, a invalidez a que eram submetidos no cativeiro; a libertação que chega faz a todos videntes, ouvintes, falantes, caminhantes, até saltitantes e agentes. Deixam de ser objetos, tornam-se sujeitos, senhores de si. Vivam! (Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, Vida Pastoral nº 275, Paulus)

Salmo: 145,7.8-9a.9bc-10 (R. Cf. Is 35,4)
Vinde Senhor, para salvar o vosso povo!

O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo, é o Senhor que protege o estrangeiro.

Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará!

Segunda Leitura: Carta de São Tiago 5,7-10

Irmãos, ficai firmes até à vinda do Senhor. Vede o agricultor: ele espera o precioso fruto da terra e fica firme até cair a chuva do outono ou da primavera. Também vós, ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas. Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas, que falaram em nome do Senhor. - Palavra do Senhor.

Comentário: Depois de fazer fortes ameaças aos ricos (vv. 1-6), o escrito de Tiago parece se dirigir aos pobres. Para a gente sofrida e cansada, ele fala de esperança, paciência e resistência, confiantes na vinda do Senhor, juiz justo. A comparação com o agricultor é clara. A certeza do agricultor de que a semente lançada na terra vai produzir frutos é que lhe dá segurança de esperar até o dia da colheita. A natureza não dá saltos, já dizia o antigo ditado, e o agricultor sabe bem disso: por isso, espera tranquilo e seguro. A expectativa próxima da vinda do Senhor, justo juiz, significa a certeza da vitória da justiça, por mais que demore e por mais que a injustiça pareça prevalecer. Isso leva ao comportamento mais moderado e maduro de quem não se queixa dos outros, atribuindo-lhes os próprios males, mas aguarda seguro o verdadeiro juiz, que está às portas.  (Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, Vida Pastoral nº 275, Paulus)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11,2-11

Naquele tempo, João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, para lhe perguntarem: "És tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?" Jesus respondeu-lhes: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.

Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!

Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões sobre João: "O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Então, o que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos afirmo, e alguém que é mais do que profeta. É dele que está escrito: 'Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o teu caminho diante de ti'. Em verdade vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele". - Palavra da Salvação.

Comentários:

João Batista tinha dito, no texto lido domingo passado, que depois dele viria um mais forte que ele, pronto para cortar e queimar as árvores que não estivessem produzindo e para abanar o cereal, guardar os grãos no celeiro e pôr a palha para queimar. Seria o juiz definitivo e implacável. O que João ouviu falar de Jesus, entretanto, parece não corresponder exatamente a essa ideia de juiz rigoroso. Donde o sentido da pergunta que ele manda fazer a Jesus: é você mesmo ou virá outro para o julgamento definitivo? João ouviu falar das curas, sem dúvida, e da compaixão de Jesus pelas pessoas, também pelos pecadores. A resposta de Jesus aponta para esses sinais. Ele primeiro veio salvar, libertar. As curas são sinais da solidariedade com os sofredores e do mais importante de sua missão: abrir os olhos a todos os cegos, mesmo aos que tenham olhos perfeitos; abrir os ouvidos a todos os surdos, mesmo aos que tenham ouvidos perfeitos; fazer andar e agir os inválidos, mesmo os que têm mãos, pés e pernas perfeitos; purificar todos os leprosos, tirar da exclusão social todos os “sujos” postos à margem; enfim, dar vida a todos os que vivem mortos. Tudo isso se resume numa palavra: anunciar a boa-nova aos pobres. Alguém perguntou certa vez por que se fala tanto em evangelizar os pobres, já que eles geralmente estão mais perto da fé do que os ricos. É que “evangelizar” significa levar boa notícia. E que melhor boa notícia há do que fazer os oprimidos ver, ouvir e agir, algo proibido na sua atual situação? Muitos não gostam disso, de dizer que a missão de Jesus é levar boa notícia aos pobres, levar esperança e força aos que são o refugo da sociedade, abrir os olhos, os ouvidos, a boca aos que são proibidos de fazê-lo. Muitos se escandalizam com a afirmação de que Jesus veio para libertar os oprimidos. Mas Jesus termina: “Felizes os que não se escandalizam comigo!” Depois que os discípulos de João se afastam, Jesus se dirige ao povo para falar de João. Pergunta inicialmente o que foram ver no deserto e responde: não foram ver um bambu agitado pelo vento, de um lado para o outro, nem alguém vestido com roupas finas. No deserto estava um profeta, mais do que um profeta, aquele que abre os caminhos. “No entanto, o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Reino dos céus é o mesmo que reino de Deus, conforme está no texto paralelo de Lucas. Esse reino de Deus aqui se entende como a comunidade cristã. Assim, qualquer membro da Igreja do Novo Testamento é maior do que João Batista. O reino sofre violência, diz o versículo 12, que segue o trecho do evangelho lido hoje e faz parte da mesma perícope. A afirmação soa um tanto misteriosa. Significa que a comunidade dos discípulos de Jesus é perseguida, vítima de violência? Parece, no entanto, que se trata da violência exigida de quem quer conquistar ou arrebatar o reino. É a práxis contra a entranhada mentalidade deste mundo e dos que o dominam. Não significa exercer essa mesma forma de violência, mas vencê-la com firmeza por meio do amor.  (Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, Vida Pastoral nº 275, Paulus)

Ao ser interrogado a respeito de sua condição messiânica, Jesus não se perdeu em longas considerações teóricas para justificar sua identidade e missão de Messias. Sugeriu que referissem a João Batista, cujos emissários tinham sido enviados para questioná-lo, tudo quanto estava realizando e que era de conhecimento público. Por obra sua, os cegos recuperavam a vista, os paralíticos punham-se a caminhar, os leprosos viam-se livres de sua enfermidade, os surdos passavam a ouvir, os mortos voltavam à vida, os pobres escutavam a Boa-Nova do Reino. Tratava-se, portanto, de fazer um discernimento sobre a prática de Jesus e reconhecer sua verdadeira identidade. Uma simples resposta positiva, mesmo saindo da boca de Jesus, seria insuficiente. Outros, antes dele, já haviam se apresentado com pretensões messiânicas, autoproclamando-se messias. E todos falsos messias. Jesus seguiu um caminho contrário: revelava sua condição messiânica com suas obras. Os fatos indicados aos discípulos do Batista eram simbolicamente importantes, pois correspondiam às obras atribuídas pelos antigos profetas ao Messias vindouro. Todos eles tinham a ver com a restauração da vida e da dignidade humana, com a superação da marginalização social e religiosa, com a recuperação da esperança nos corações abatidos. Tudo isto era sinal de que o Reino estava irrompendo na história humana, por obra do enviado de Deus. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

SANTO DO DIA:

Dâmaso I - Papa e Santo - 11 de dezembro

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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