Prefácio do Advento I - Ofício do dia
Creio - Cor: Roxo - Ano “A” Mateus
Antífona: Fl 4,4-5- Alegrai-vos
sempre no Senhor. De novo eu vos digo, alegrai-vos! O Senhor está perto.
Oração do Dia: Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o
natal do Senhor, daí chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com
intenso júbilo na solene liturgia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Profeta
Isaías 35,1-6a.10
Alegre-se a terra
que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio.
Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o
esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a
majestade do nosso Deus. Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos
debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: "Criai ânimo, não tenhais medo!
Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem
para nos salvar". Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os
ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos
mudos. Os que o Senhor salvou voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando
louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos; cheios de gozo e
contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto. -
Palavra do Senhor.
Comentário: O povo estava no cativeiro.
Os inimigos tinham vazado os olhos de alguns, outros estavam mutilados, todos
desiludidos e desanimados. O profeta canta de maneira espetacular a esperança
de saída do cativeiro e retorno para a própria terra. Será para nós símbolo de
uma esperança maior. O caminho da volta é o deserto, tal como o caminho da
escravidão do Egito até a Terra Prometida. É um novo êxodo. O caminho é o
deserto, mas a certeza da esperança faz do deserto um jardim. A esperança é a
força para a caminhada: nada de braços cansados ou joelhos cambaleantes, nada
de medo, coragem! É Deus que vem para salvar! Se o caminho da liberdade e da
vida é difícil, é um deserto, a certeza de que a salvação vem de Deus dá força
e coragem e transforma o deserto em jardim. Aí já não haverá cego, surdo, mudo
ou pessoas com deficiência física. Estas não apenas vão andar por si: vão pular
como cabritos; os mudos vão soltar a voz e cantar um hino. Acabou a cegueira, a
mudez, a surdez, a invalidez a que eram submetidos no cativeiro; a libertação
que chega faz a todos videntes, ouvintes, falantes, caminhantes, até
saltitantes e agentes. Deixam de ser objetos, tornam-se sujeitos, senhores de
si. Vivam! (Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, Vida Pastoral nº 275, Paulus)
Salmo: 145,7.8-9a.9bc-10
(R. Cf. Is 35,4)
Vinde
Senhor, para salvar o vosso povo!
O Senhor é fiel
para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é
o Senhor quem liberta os cativos.
O Senhor abre os
olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é
justo, é o Senhor que protege o estrangeiro.
Ele ampara a viúva
e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó
Sião, o teu Deus reinará!
Segunda Leitura: Carta de São Tiago 5,7-10
Irmãos, ficai
firmes até à vinda do Senhor. Vede o agricultor: ele espera o precioso fruto da
terra e fica firme até cair a chuva do outono ou da primavera. Também vós,
ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está
próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados.
Eis que o juiz está às portas. Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza
os profetas, que falaram em nome do Senhor. - Palavra do Senhor.
Comentário: Depois de fazer fortes
ameaças aos ricos (vv. 1-6), o escrito de Tiago parece se dirigir aos pobres.
Para a gente sofrida e cansada, ele fala de esperança, paciência e resistência,
confiantes na vinda do Senhor, juiz justo. A comparação com o agricultor é
clara. A certeza do agricultor de que a semente lançada na terra vai produzir
frutos é que lhe dá segurança de esperar até o dia da colheita. A natureza não
dá saltos, já dizia o antigo ditado, e o agricultor sabe bem disso: por isso,
espera tranquilo e seguro. A expectativa próxima da vinda do Senhor, justo
juiz, significa a certeza da vitória da justiça, por mais que demore e por mais
que a injustiça pareça prevalecer. Isso leva ao comportamento mais moderado e
maduro de quem não se queixa dos outros, atribuindo-lhes os próprios males, mas
aguarda seguro o verdadeiro juiz, que está às portas. (Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, Vida Pastoral
nº 275, Paulus)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11,2-11
Naquele tempo, João estava na prisão. Quando ouviu
falar das obras de Cristo, enviou-lhe alguns discípulos, para lhe perguntarem:
"És tu aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?" Jesus
respondeu-lhes: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos
recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos
ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.
Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim!
Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a
falar às multidões sobre João: "O que fostes ver no deserto? Um caniço
agitado pelo vento? O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os
que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Então, o que fostes ver?
Um profeta? Sim, eu vos afirmo, e alguém que é mais do que profeta. É dele que
está escrito: 'Eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o
teu caminho diante de ti'. Em verdade vos digo, de todos os homens que já
nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos
Céus é maior do que ele". - Palavra
da Salvação.
Comentários:
João
Batista tinha dito, no texto lido domingo passado, que depois dele viria um
mais forte que ele, pronto para cortar e queimar as árvores que não estivessem
produzindo e para abanar o cereal, guardar os grãos no celeiro e pôr a palha
para queimar. Seria o juiz definitivo e implacável. O que João ouviu falar de
Jesus, entretanto, parece não corresponder exatamente a essa ideia de juiz
rigoroso. Donde o sentido da pergunta que ele manda fazer a Jesus: é você mesmo
ou virá outro para o julgamento definitivo? João ouviu falar das curas, sem
dúvida, e da compaixão de Jesus pelas pessoas, também pelos pecadores. A
resposta de Jesus aponta para esses sinais. Ele primeiro veio salvar, libertar.
As curas são sinais da solidariedade com os sofredores e do mais importante de
sua missão: abrir os olhos a todos os cegos, mesmo aos que tenham olhos
perfeitos; abrir os ouvidos a todos os surdos, mesmo aos que tenham ouvidos
perfeitos; fazer andar e agir os inválidos, mesmo os que têm mãos, pés e pernas
perfeitos; purificar todos os leprosos, tirar da exclusão social todos os
“sujos” postos à margem; enfim, dar vida a todos os que vivem mortos. Tudo isso
se resume numa palavra: anunciar a boa-nova aos pobres. Alguém perguntou certa
vez por que se fala tanto em evangelizar os pobres, já que eles geralmente estão
mais perto da fé do que os ricos. É que “evangelizar” significa levar boa
notícia. E que melhor boa notícia há do que fazer os oprimidos ver, ouvir e
agir, algo proibido na sua atual situação? Muitos não gostam disso, de dizer
que a missão de Jesus é levar boa notícia aos pobres, levar esperança e força
aos que são o refugo da sociedade, abrir os olhos, os ouvidos, a boca aos que
são proibidos de fazê-lo. Muitos se escandalizam com a afirmação de que Jesus
veio para libertar os oprimidos. Mas Jesus termina: “Felizes os que não se
escandalizam comigo!” Depois que os discípulos de João se afastam, Jesus se
dirige ao povo para falar de João. Pergunta inicialmente o que foram ver no
deserto e responde: não foram ver um bambu agitado pelo vento, de um lado para
o outro, nem alguém vestido com roupas finas. No deserto estava um profeta,
mais do que um profeta, aquele que abre os caminhos. “No entanto, o menor no
reino dos céus é maior do que ele.” Reino dos céus é o mesmo que reino de Deus,
conforme está no texto paralelo de Lucas. Esse reino de Deus aqui se entende
como a comunidade cristã. Assim, qualquer membro da Igreja do Novo Testamento é
maior do que João Batista. O reino sofre violência, diz o versículo 12, que
segue o trecho do evangelho lido hoje e faz parte da mesma perícope. A
afirmação soa um tanto misteriosa. Significa que a comunidade dos discípulos de
Jesus é perseguida, vítima de violência? Parece, no entanto, que se trata da
violência exigida de quem quer conquistar ou arrebatar o reino. É a práxis
contra a entranhada mentalidade deste mundo e dos que o dominam. Não significa
exercer essa mesma forma de violência, mas vencê-la com firmeza por meio do
amor. (Pe. José Luiz Gonzaga do Prado,
Vida Pastoral nº 275, Paulus)
Ao
ser interrogado a respeito de sua condição messiânica, Jesus não se perdeu em
longas considerações teóricas para justificar sua identidade e missão de
Messias. Sugeriu que referissem a João Batista, cujos emissários tinham sido
enviados para questioná-lo, tudo quanto estava realizando e que era de
conhecimento público. Por obra sua, os cegos recuperavam a vista, os
paralíticos punham-se a caminhar, os leprosos viam-se livres de sua
enfermidade, os surdos passavam a ouvir, os mortos voltavam à vida, os pobres escutavam
a Boa-Nova do Reino. Tratava-se, portanto, de fazer um discernimento sobre a
prática de Jesus e reconhecer sua verdadeira identidade. Uma simples resposta
positiva, mesmo saindo da boca de Jesus, seria insuficiente. Outros, antes
dele, já haviam se apresentado com pretensões messiânicas, autoproclamando-se
messias. E todos falsos messias. Jesus seguiu um caminho contrário: revelava
sua condição messiânica com suas obras. Os fatos indicados aos discípulos do
Batista eram simbolicamente importantes, pois correspondiam às obras atribuídas
pelos antigos profetas ao Messias vindouro. Todos eles tinham a ver com a
restauração da vida e da dignidade humana, com a superação da marginalização
social e religiosa, com a recuperação da esperança nos corações abatidos. Tudo
isto era sinal de que o Reino estava irrompendo na história humana, por obra do
enviado de Deus. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
SANTO DO DIA:
Dâmaso I - Papa e Santo - 11 de
dezembro
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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