Prefácio do Advento I - Ofício do dia
Cor: Roxo - Ano “A” Mateus
Antífona: Isaías 61,10 - Com
grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois
me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas joias.
Oração do Dia: Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso filho
pela imaculada conceição da virgem Maria, preservando-a de todo pecado em
previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós purificados também
de toda culpa por sua materna intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Gênesis
3,9-15.20
Depois que Adão comeu do fruto da árvore, o Senhor Deus o
chamou, dizendo: "Onde estás?" E ele respondeu: "Ouvi tua voz no
jardim, e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi". Disse-lhe o
Senhor Deus: "E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de
cujo fruto te proibi comer?" Adão disse: "A mulher que tu me deste
por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore e eu comi". Disse o
Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?" E a mulher respondeu:
"A serpente enganou-me e eu comi". Então o Senhor Deus disse à
serpente: "Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais
domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó
todos os dias da tua vida! Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o
calcanhar". E Adão chamou à sua mulher "Eva", porque ela é a mãe
de todos os viventes. - Palavra do Senhor.
Comentário: O texto de Gn 3,10-11 alerta
sobre a inviabilidade atual do propósito divino de habitar com a criação, pois
o casal humano, em decorrência do pecado, se esconde de Deus. E como o ser
humano é o responsável pela criação, então, esta, em sua totalidade, fica
afastada de Deus. Por isso, para a fé de Israel a presença divina na criação
somente poderá ser eficaz quando o ser humano parar de se esconder de Deus,
isto é, quando a humanidade ouvir a voz daquele que a interpela: “Onde estás?”
(Gn 3,9). A escuta da voz de Deus possibilitará ao ser humano o arrependimento
que, no sentido bíblico, significa “retorno” à aliança ou à “colaboração”
(trabalhar junto) com Deus. O pecado, muito mais que uma revolta contra Deus, é
um aviltamento da natureza do ser humano. O chamado de Deus procura reconduzir
a humanidade - e, com esta, a criação inteira - à sua própria dignidade. Assim,
o arrependimento (ou a colaboração) do ser humano significa a criação retornando
ao seu verdadeiro propósito. Quando cada ser humano se arrepender, então,
manifestar-se-á toda a beneficência da criação. E, quanto mais se retarda o
arrependimento do ser humano, mais demora a presença divina na criação. Assim
sendo, a plena manifestação da criação em sua beneficência depende da decisão
humana. O mundo vindouro não significa apenas a vinda de Jesus, mas é também o
retorno do ser humano para Deus. É o retorno do Criador (cf. Is 52,8) e da
criatura. (Aíla Luzia Pinheiro Andrade)
Salmo: 97(98),1.2-3ab.3cd-4
(R. 1a)
Cantai ao
Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!
Cantai ao Senhor
Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez
conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.
Os confins do
universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra
inteira, alegrai-vos e exultai!
Segunda Leitura: Carta de São Paulo
aos Efésios 1,3-6.11-12
Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos
abençoou com toda a bênção do seu Espírito em virtude de nossa união com
Cristo, no céu. Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para
que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. Ele nos
predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo,
conforme a decisão da sua vontade, para o louvor da sua glória e da graça com
que ele nos cumulou no seu Bem-amado. Nele também nós recebemos a nossa parte.
Segundo o projeto daquele que conduz tudo conforme a decisão de sua vontade,
nós fomos predestinados a sermos, para o louvor de sua glória, os que de
antemão colocaram a sua esperança em Cristo. - Palavra do Senhor.
Comentário: A segunda leitura consiste
num hino cristológico (a Cristo) com forte teor batismal. Seu tema principal é
a obra de Deus através de Cristo. As consequências dessa obra no ser humano são
a filiação divina, o perdão dos pecados, o tornar-se membro do Corpo de Cristo
e a ação santificadora do Espírito Santo. Todos esses temas fazem parte de uma
catequese batismal. Portanto, o hino também esclarece o sentido do batismo para
nós. A partir desse texto, fica esclarecido que, antes de tudo, a eleição
(vocação à filiação divina) não é algo acidental. A encarnação não aconteceu
para resolver o problema do pecado humano. Quer dizer, a encarnação não foi
determinada pelo ser humano, não é consequência de suas ações. A eleição que
recebemos para nos tornar filhos de Deus faz parte do propósito divino desde
toda a eternidade. A eleição do ser humano em Cristo é anterior à criação. Deus
tomou a iniciativa de nos tornar filhos no Filho. Por isso, desde toda a
eternidade, cada ser humano é chamado a ser “sem mancha” (imaculado, v. 4).
Esse termo (ámomos), no Antigo Testamento, designava o cordeiro do sacrifício
(cf. Lv 1,3.10) e muitas vezes é traduzido em português por “sem defeito” ou
“irrepreensível”, mas literalmente significa “sem mancha” ou “imaculado”. No
Novo Testamento, o mesmo termo se refere à vida daquele que se une a Cristo. É
fato que o ser humano sempre pecou, apesar de ter recebido um chamado, desde
toda a eternidade, para ser santo e imaculado. E já que “todos pecaram” (Rm
3,23; 5,12) a graça da encarnação (a vida inteira de Jesus) se tornou redenção,
libertação da tirania do pecado que escraviza o ser humano. Como a graça é
anterior ao pecado, pois é anterior à criação (v.4), a eleição significa que
somos atingidos pela graça desde o primeiro momento de nossa existência. Disso
decorre que a vivência do batismo é a adesão consciente e livre à graça da
eleição eterna que se opõe ao pecado e realiza em nós aquilo a que fomos
chamados: ser santos e imaculados diante de Deus. (Aíla Luzia Pinheiro Andrade)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,26-38
Naquele tempo, no sexto mês, o anjo Gabriel foi
enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem,
prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o
nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te,
cheia de graça, o Senhor está contigo!” Maria ficou perturbada com estas
palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo,
então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de
Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o
trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e
o seu reino não terá fim”. Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se
eu não conheço homem algum?” O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o
poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer
será chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um
filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril,
porque para Deus nada é impossível”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do
Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma
história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos
o pecado Ao comemorarmos a Imaculada Conceição da Virgem Maria, estamos
comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois a Imaculada Conceição
de Maria está condicionada ao nascimento de Cristo, uma vez que Deus estava
preparando o ventre digno de receber seu próprio Filho. Com isso, podemos perceber
a ação do Deus que é Senhor da história e que, agindo na própria história da
humanidade, conta com a colaboração de todos para a realização do seu plano.
(CNBB)
Jesus
se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma
história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos
o pecado Ao comemorarmos a Imaculada Conceição da Virgem Maria, estamos
comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois a Imaculada Conceição
de Maria está condicionada ao nascimento de Cristo, uma vez que Deus estava
preparando o ventre digno de receber seu próprio Filho. Com isso, podemos
perceber a ação do Deus que é Senhor da história e que, agindo na própria
história da humanidade, conta com a colaboração de todos para a realização do
seu plano. A saudação do anjo Gabriel surpreendeu Maria. Quem era ela senão uma
humilde habitante de Nazaré, cidade sem importância das montanhas da Galiléia?
Mulher sem maiores pretensões do que a de ser fiel a Deus; uma virgem já
prometida em casamento a José, mas sem viver conjugalmente com ele, conforme as
tradições de seu povo? Afinal, que méritos tinha para ser uma “agraciada”,
“plena da graça” divina? Maria estava longe de compreender o projeto de Deus a
seu respeito. Sua humildade de mulher simples do interior não lhe permitia
pensar grandes coisas a respeito de si mesma. Quiçá tenha sido este o motivo
por que fora escolhida por Deus para ser mãe do Messias. Livre de toda forma de
orgulho e autossuficiência, Maria podia abrir seu coração para receber a graça
de Deus que haveria de torná-la templo do Espírito Santo. Ela tornou-se objeto
da atenção divina, no seu anseio de salvar a humanidade. Deus queria contar com
alguma pessoa disposta a se tornar “escrava do Senhor”, e permitir que a
vontade divina acontecesse em sua vida, sem objeções. Foi para Maria que se
voltaram os olhares de Deus! Tudo quanto o anjo comunicara a Maria era grande
demais para o seu entendimento, e superava sua capacidade de pô-lo em prática.
Abriu-se para ela uma perspectiva nova, ao lhe ser prometida a assistência do
Espírito Santo. Este seria a força que lhe permitiria levar a bom termo a
missão divina que lhe fora comunicada pelo anjo. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
SANTO DO DIA: Solenidade
Imaculada Conceição de Nossa Senhora -
08 de dezembro
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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