Evangelho Comentado do Dia 31/12/2016 Sábado 7º dia na Oitava do Natal

7º dia na Oitava do Natal
Tempo do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio do Natal - Ofício próprio da oitava de Natal
Glória - Cor: Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus

Antífona: Isaías 9,6 - Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “mensageiro do conselho de Deus”.

Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, que estabelecestes o princípio e a plenitude de toda a religião na encarnação do vosso Filho, concedei que sejamos contados entre os discípulos, daquele que é toda a salvação da humanidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Primeira Carta de São João 2,18-21

Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos. Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da verdade. - Palavra do Senhor. 

Comentário: O apóstolo adverte os discípulos contra os falsos doutores, por ele comparados aos 'anticristos. Jesus admoestara a que fugíssemos dos "falsos profetas" (Mt 24,23-24), opostos à mensagem de Cristo, que a Igreja encontraria através dos séculos. O aspecto mais doloroso é que muitos de tais adversários saem das fileiras dos crentes (v.19); algum era talvez sacerdote, religioso, teólogo, e tornou-se estranho ou abertamente inimigo. A pertença à Igreja é um mistério que nenhum laço externo pode garantir, mas só a fidelidade a Deus na humildade e constante procura da verdade. Quem recusa a Igreja, recusa a Cristo, vive nas trevas e na mentira. O cristão, consagrado pela unção recebida do Santo" (v.20) no batismo e na crisma, deixa-se, porém, guiar suavemente pelo "Espírito de verdade", que vive e age nele por meio de Jesus Cristo. (Missal Cotidiano)

Salmo: 95 (96), 1-2. 11-12. 13 (R. 11a)
O céu se rejubile e exulte a terra!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação.

O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas

na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio, estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.

A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la.

Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. - Palavra da Salvação.

Comentários:

João Batista, o precursor de Jesus, veio ao mundo com uma missão específica: apontar para o Cordeiro de Deus, o Cristo, e identificá-lo como o Messias esperado. E de fato, logo após reconhecer Jesus, às margens do Jordão, o Batizador é preso por Herodes e sai de cena para sempre. A figura de João Batista é habitualmente desfigurada, quando o veem como um lobo ululante a proferir maldições e ameaças. Ora, um homem que se alimenta de mel só pode proferir doçuras... Aquele que deve apontar o Cordeiro não pode uivar como um coiote do deserto, mas deve ser impregnado da mesma suavidade. Nada disto, porém, impede que João (em hebraico, “Deus me fez graça” – reconhece Isabel!) realize sua tarefa: dar testemunho da Luz. Luz que é um dos nomes de Cristo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 9,5). Assim o Batista prepara as veredas do Salvador e, ao mesmo tempo, nos ensina que todo evangelizador deve desempenhar o mesmo papel: abrir caminho para o Salvador. O trabalho educativo dos pais é apontar para a luz. Insistentemente, sem cansaço, orientar os filhos. (Note que o verbo “orientar” liga-se ao Oriente, o lado de onde nasce o Sol!) Claro, isto supõe que os pais estejam “orientados”. Que sua vida seja mergulhada na luz pascal de Cristo. Que os próprios pais não caminhem nas trevas do erro e nos atalhos do mundo pagão. Os filhos têm direito a ver a luz de Cristo refletida na face e nos gestos de seus pais... A legião que perambula pela noite, sem rumo e direção, denuncia as trevas de seus lares. Ali, os pais não se reúnem para rezar, não buscam a graça dos sacramentos, não se alimentam da Palavra de Deus. Sem a luz diurna que emana do Ressuscitado, resta aos jovens o luar sombrio do néon, a luz negra das casas noturnas, as sombras dos becos e dos corações. Pobres filhos! Pobres pais! Cegos e guias de cegos! Fecharam os olhos à Fonte de Luz e vagueiam sem norte, sem ter aonde ir... A droga letal e o sexo sem amor são amargas compensações para quem não descobriu a Vida... Mas no fundo da noite ainda brilha uma chama: é a Luz de Cristo, acesa na Vigília Pascal, que insiste em irradiar suas cintilações para todos os quadrantes. E nós, cristóforos – portadores de Cristo -, temos a missão de João: testemunhar diante do mundo que a Luz ainda brilha e quer iluminar as trevas de nossa sociedade. Quando o faremos? (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança.)

Só uma reflexão atenta sobre o nascimento de Jesus permitiu ao evangelista compreender, em profundidade, o que se passou na humildade de Belém. Aí, o Filho de Deus armou sua tenda entre nós, na qualidade de enviado para nos falar de Deus e nos levar a conhecê-lo. Ele veio para nos transmitir tudo quanto aprendeu do Pai. Sua condição divina foi descrita num linguajar elevado. Ele era a Palavra de Deus, estava em Deus e gozava da condição divina. Toda a Criação traz a sua marca, por ser obra sua. Nenhum ser existe independente de seu querer, pois nele estava a fonte da vida. Foi ele que arrancou o ser humano das trevas do erro, sendo uma luz brilhando nas trevas. Desde então, toda pessoa pode beneficiar-se desta luz, oferecida abundantemente. Fazendo-se carne, em Jesus de Nazaré, a Palavra divina tornou-se visível. E assim, toda a humanidade passou a ter acesso a Deus, de maneira nova, por meio do Filho único, “cheio de graça e verdade”. Só ele pode nos falar do Pai. Todas estas credenciais não foram suficientes para que os seus acolhessem Jesus. Antes, movidos pelas paixões humanas – “a vontade da carne” –, muitos o rejeitaram recusando-se a partilhar da plenitude que lhes tinha sido oferecida. Contudo, a insensatez humana não foi suficientemente forte para anular o projeto do Pai. A tenda do Verbo encarnado continua armada entre nós. Aproximemo-nos dela! (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

SANTO DO DIA: Memória Facultativa

Silvestre I - Papa e Santo

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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