Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória e Creio - Cor: Verde - Ano “C”
Lucas
Antífona: Jeremias 29,11.14
- Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me
invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde
estiveres.
Oração do Dia: Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos
servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o
criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de
Malaquias 3,19-20a
Eis que virá o dia,
abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e
esse dia vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos exércitos, tal que não
lhes deixará raiz nem ramo. Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da
justiça, trazendo salvação em suas asas. -
Palavra do Senhor.
Comentário: O texto de Malaquias enfrenta
o problema do malvado que prospera enquanto o justo sofre. É compreensível se
fazer certas perguntas: que vantagem há em ser bom? De que vale praticar os
mandamentos? A resposta encontrada pelo profeta é que Deus cuida de nós, isto
é, não estamos sozinhos quando sofremos e no “Dia do Senhor” a justiça
triunfará. O autor do texto usa a imagem do fogo reduzindo uma árvore a cinzas,
para afirmar que o mal será completamente eliminado do mundo, não restará mais
nenhuma maldade, nem seus ramos nem suas raízes (3,19). A Bíblia também se
serve do simbolismo do sol para enfatizar a mesma ideia. No contexto em que o
profeta vivia, o sol era tido como dispensador de calor e de vida, de luz e de
justiça porque sempre brilha para todos. Quando amanhecer o “Dia do Senhor”, a
justiça vai brilhar e o último rastro de maldade será varrido da terra. (Aíla
Luzia Pinheiro Andrade)
Salmo: 97,5-6.7-8.9a.9bc
(R. cf. 9)
O Senhor
virá julgar a terra inteira; com justiça julgará
Cantai salmos ao
Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as
trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!
Aplauda o mar com
todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios
batam palmas e exultem de alegria.
Exultem na presença
do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com
justiça/ e as nações com equidade.
Segunda Leitura: 2ª Carta de São
Paulo aos Tessalonicenses 3,7-12
Irmãos: Bem sabeis
como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na
ociosidade. De ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário,
trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a
ninguém. Não que não tivéssemos o direito de fazê-lo, mas queríamos apresentar-nos
como exemplo a ser imitado. Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta
regra: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”.
Ora, ouvimos dizer
que entre vós há alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada. Em
nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos e exortamos a estas pessoas que,
trabalhando, comam na tranquilidade o seu próprio pão. - Palavra do Senhor.
Comentário: Para a mentalidade dos
tessalonicenses, o ser humano se realiza essencialmente na sua dimensão
espiritual alienada das realidades terrenas. O trabalho manual era visto como
algo degradante. Partindo da mentalidade judaica, o autor afirma que a condição
corporal do ser humano não é algo negativo como se fosse um castigo, portanto,
o trabalho manual dignifica o ser humano. Os espiritualistas, que apregoavam o
final dos tempos para breve, estavam criando um clima de ansiedade e de tanto
frenesi que não havia mais lugar para as tarefas cotidianas. O autor convoca os
tessalonicenses para permanecer firmes tendo o Apóstolo como exemplo. O autor
da carta não é um fanático, ainda que espere ardentemente pela volta de Jesus
ele exorta os cristãos a viver na fidelidade a Deus e a comprometer-se
plenamente com suas tarefas e obrigações terrenas. Quando essa carta foi
escrita, não somente o ensinamento de Paulo, mas a própria vida do apóstolo
exercia uma influência muito grande dentro da comunidade, a ponto de ele ser
citado como exemplo a ser imitado. (Aíla Luzia Pinheiro Andrade)
Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas 21,5-19
Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a
respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas.
Jesus disse: “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra
sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando
acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”
Jesus respondeu:
“Cuidado para não
serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ e ainda:
‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente!
Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não
fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será
logo o fim”. E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um
país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos
lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. Antes,
porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis
entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e
governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a
vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria
defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos
poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos,
parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do
meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É
permanecendo firmes que ireis ganhar a vida! - Palavra da Salvação.
Comentários:
O
texto de hoje utiliza-se de um recurso literário muito usado na apocalíptica
judaica, o testamento de herói. É uma das formas de mostrar a continuidade da
história, do plano divino da salvação em tempos difíceis. Consiste,
principalmente, em discursos do pseudoautor antes da própria morte/ascensão,
nos quais desvela o futuro dos destinatários e faz exortações a que permaneçam
na fidelidade a Deus. Por meio desse recurso literário, o verdadeiro autor
interpreta para os seus contemporâneos os acontecimentos desastrosos, e
assegura-lhes que Deus fará os fiéis vitoriosos sobre o mal. O texto começa com
a observação sobre o templo de Jerusalém, e prossegue com a afirmação de Jesus
de que tudo será destruído. As palavras de Jesus querem responder a duas
perguntas: quando vai acontecer e quais os sinais indicativos da proximidade do
fim dos tempos. Essas perguntas são fundamentais para as comunidades do final
do século I d.C. Jesus diz aos discípulos quais são os sinais; estes não são
uma indicação da proximidade do fim dos tempos, mas uma garantia de que
certamente a parusia virá. Por isso, os discípulos não devem ter medo diante
dos rumores sobre o fim, pois o dia e a hora não são conhecidos. Enquanto a
parusia (a vinda de Cristo) não acontece, os discípulos são exortados à
fidelidade, principalmente em tempos de perseguição, como é desenvolvido nos
vv. 12-17. Contudo, o mais importante é saber que quando chegar o fim será pelo
testemunho de fé que os discípulos serão salvos. (Aíla Luzia Pinheiro Andrade)
Os
discípulos de Jesus foram alertados contra os falsos alarmes de chegada do fim
do mundo. O resultado disto era o medo, a insegurança e, de modo especial, o
sentir-se bloqueado e desmotivado para fazer o bem. É perda de tempo dar
ouvidos a quem se considera entendido nas coisas relativas ao fim do mundo, e
quer se fazer de mestre dos outros. As perseguições e dificuldades devem ser
vistas pelos discípulos como ocasião para dar testemunho do Reino, sem a ilusão
de que tudo acabará em breve. Por causa do nome de Jesus, eles seriam
aprisionados, entregues às sinagogas judaicas, e levados diante de reis e
governadores. Entre seus traidores estariam os seus próprios familiares e
amigos. Seriam odiados, e muitos haveriam de sofrer morte violenta. Em todas
estas circunstâncias trágicas, os discípulos teriam a possibilidade de
experimentar a proteção divina. Do Pai receberiam força para se defenderem
diante dos tribunais, rebatendo as falsas acusações e testemunhando o nome de
Jesus com denodo. E também, a força necessária para não se intimidarem e nem
sucumbirem às investidas dos adversários. Se forem capazes de perseverar, até o
fim, no testemunho de Jesus, serão salvos. Desta forma, ficará patente sua
adesão radical ao Reino e sua não compactuação com o mal e o pecado. Quem
perseverar experimentará a misericórdia salvífica do Pai. (Padre
Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.
DEIXE SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
Católica
Se
desejar receber nossas atualizações de uma forma rápida e segura, por favor,
faça sua assinatura, é grátis.
Acesse nossa pagina: https://ocristaocatolico.blogspot.com.br/ e cadastre seu e-mail para recebimento automático,
obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude-nos a melhorar nossa evangelização, deixe seu comentário. Lembre-se no seu comentário de usar as palavras orientadas pelo amor cristão.
Revista: "O CRISTÃO CATÓLICO"
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica