Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona: Salmo
129,3-4 Senhor; se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir?
Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel.
Oração do Dia: Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que
estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Carta de São Paulo
aos Efésios 1,11-14
Irmãos, em Cristo
nós recebemos a nossa parte. Segundo o projeto daquele que conduz tudo conforme
a decisão de sua vontade, nós fomos predestinados a ser, para o louvor de sua
glória, os que de antemão puseram a sua esperança em Cristo. Nele também vós
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho que vos salva. Nele, ainda,
acreditastes e fostes marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito
Santo, o que é o penhor da nossa herança para a redenção do povo que ele
adquiriu, para o louvor da sua glória. -
Palavra do Senhor.
Comentário: “Para ser louvor de sua
glória”: é um estribilho insistente. Pode impressionar-nos mais ou menos,
consoante as recordações que suscita em nós. A “glória” de Deus não está
evidentemente em proporção com nossas atitudes presunçosas, ou com os ruidosos
cortejos que estamos habituados a ver em caso de vitória. A “glória” de Deus é
a manifestação aos outros daquilo que ele é, portanto é “dom”, e dom de si. Sua
“glória” é o êxito de seu plano em nosso favor, por conseguinte nossa completa
realização pessoal, nossa felicidade. “Glória de Deus é o homem que vive”
(Agostinho). É a glória do Amor. Não uma glória à custa de adversários, porém
triunfo da unidade de todas as criaturas com o Pai, paga pelo Cristo e por nós
participada nele, por ele e com ele. (Missal Cotidiano)
Salmo: 32(33),1-2. 4-5.
12-13 (R. 12b)
Feliz o povo
que o Senhor escolheu por sua herança!
Ó justos,
alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao
som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
Pois reta é a
palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a
justiça, transborda em toda a terra a sua graça.
Feliz o povo cujo
Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o
Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Lucas 12,1-7
Naquele tempo, milhares de pessoas se reuniram, a
ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus
discípulos: “Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não
há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que
não venha a ser conhecido. Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão,
será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no
quarto, será proclamado sobre os telhados. Pois bem, meus amigos, eu vos digo:
não tenhais medo
daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isto. Vou mostrar-vos
a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de
lançar-vos no inferno.
Sim, eu vos digo, a este temei. Não se vendem cinco
pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus.
Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo!
Vós valeis mais do que muitos pardais”. -
Palavra da Salvação.
Comentários:
As
autoridades religiosas do tempo de Jesus eram autoridades poderosas e
opressoras, que se valiam da ocupação romana e dos privilégios obtidos por ela
para oprimir o povo, de modo que o povo era duplamente oprimido: pelos romanos
e pelo poder religioso instituído. A religião realizava exatamente o contrário
daquilo que o próprio Deus queria. Quando Jesus fala que devemos ter cuidado
com o fermento dos fariseus, ele nos diz também que devemos nos preocupar para
não sermos contaminados pela hipocrisia, pela sede de poder e pela busca de
privilégios pessoais, para que também nós não façamos da nossa religião um meio
de opressão, mas sim subamos em cima dos telhados e denunciemos todos os falsos
valores da vivência religiosa. (CNBB)
O mau
exemplo tem um terrível poder contaminador. É preciso estar atento para não se
deixar levar. Os discípulos de Jesus foram alertados a não imitar o
procedimento dos fariseus, cuja hipocrisia era bem conhecida. O Mestre insistiu
na inutilidade de viver uma dupla vida, como acontecia com os fariseus, os
quais escondiam sua corrupção interior atrás de uma fachada de piedade. Atitude
inútil e ridícula porque quem engana o seu semelhante, não consegue enganar a
Deus. Por outro lado, haveria de chegar a hora em que as coisas escondidas
seriam reveladas pelo Pai do Céu e, então, apareceria a verdadeira identidade
dos fariseus. A hipocrisia, pois, não valia a pena. O exemplo dos fariseus não
devia ser seguido. Entretanto, não é fácil manter distância do mau exemplo. A
perseguição virá na certa! É preciso que os discípulos superem o medo da morte,
tornando-se livres diante dela. Só Deus merece ser temido, pois em suas mãos
está a destino eterno de todas as criaturas. Ele é o Senhor da vida e da morte.
O máximo que os inimigos poderão fazer será tirar a vida física dos discípulos.
Nada mais! O discípulo permanece sempre atento. Portanto, quando recusa seguir
algum mau exemplo é porque deseja ser fiel ao Pai. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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