Dia de Todos os Santos - 1º de novembro - Solenidade

Ó Deus, concedei-nos, pelas preces dos Santos, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade. E chegar àquela perfeição que nos propusestes em Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.


Como mesmo entre os canonizados muitos santos não têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a lembrança de todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração começou no século III, na Igreja do Oriente, e ocorria no dia 13 de maio.

A festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos. A mudança do dia começou com o abade inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno, perto do ano 800. Os pagãos celtas entendiam o dia 1º de novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos lembrando os cristãos que morreram em estado de graça foi instituída no dia 1º de novembro.

O papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1º de novembro. Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1º de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV. Mas o importante é que a solenidade de Todos os Santos enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte. No Brasil para que todos os fieis participem a festa foi transferida para o 1º domingo após o dia de finados.

No principio, a Bíblia reservou a Javé o título de "Santo", palavra que tinha então um significado muito próximo ao de "sagrado": Deus é o "Outro", tão transcendente e tão longínquo que o homem não pode pensar em participar da sua vida. Diante de sua santidade (cf Gn 28,10-19; 1Sm 6,13-21; 2Sm 6,1-10) o homem não pode deixar de ter respeito e temor (cf Ex 3,1-6; Gn 15,12).

Numa religião de salvação como a de Israel, Deus devia comunicar a sua santidade ao povo (cf Is 12,6; 29,19-23; 30,11-15; 31,1-3), o qual se torna também "outro", manifestando em sua vida cotidiana, e sobretudo em seu culto, um comportamento diferente do de outros povos (Lv 19,1-37; 21,1-23; Ap 4,1-11). Mas para efetuar essa santidade a que Deus o chamava, o povo eleito tinha apenas meios legais e práticas de purificação exterior.

Os homens mais esforçados tomaram logo consciência da insuficiência de tais meios e procuraram a "pureza de coração", capaz de fazê-los participantes da vida de Deus (cf Is 6,1-7; S 114; Ez 36,17-32; 1Pd 1,14-16). Esses puseram sua esperança numa santidade que seria comunicada diretamente por Deus (Ez 36,23-28).

Esta aspiração se realiza no Cristo; ele irradia a santidade de Deus; sobre ele repousa "o Espírito de santidade"; ele reivindica o título de "santo" (cf Jo 3,1-15; 1 Cor 3 ,16-17; Gl 5,16-25; Rm 8,9-14). E, de fato, santifica toda a humanidade. Jesus Cristo, tornado "Senhor", transmite a sua santidade à Igreja por meio dos sacramentos, que trazem ao homem a vida de Deus (cf Mt 13,24-30; 25,2; Cl 1,22; 2Cor 1,12).

Esta doutrina era tão viva nos primeiros séculos que os membros da Igreja não hesitavam em se chamar "os santos" (2Cor 11,12; Rm 15,26-31; Ef 3,5-8; 4,12), e a própria Igreja era chamada "comunhão dos santos". A santidade cristã manifesta-se, pois, como uma participação na vida de Deus, que se realiza com os meios que a Igreja nos oferece, particularmente com os sacramentos.

A santidade não é o fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus com suas forças, e até com heroísmo; ela é dom do amor de Deus e resposta do homem à iniciativa divina.

"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão."

A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não permite que eles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também, muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e na nulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos ensinamentos de Jesus.

Enfim, santos são todos os que foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra perseverando na fé em Cristo.

Portanto, são mesmo multidões e multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama todos do mesmo modo. O que vale é o nosso testemunho de fidelidade e amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que somente Deus conhece.

Fonte: Missal Dominical
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