Prefácio Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória
Cor: Vermelho - Ano “C” Lucas
Antífona: Alegremo-nos todos no Senhor celebrando
este dia festivo em honra dos santos mártires. Conosco alegram-se os anjos e
glorificam o Filho de Deus.
Oração do Dia: Ó Deus, criador e
salvador de todas as raças, por vossa bondade, chamastes à fé a muitos irmãos
na região da Coréia e os fizestes crescer pelo testemunho glorioso dos mártires
André, Paulo e seus companheiros. Concedei que, pelo exemplo e intercessão
deles, possamos perseverar até a morte na observância de vossos mandamentos. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro dos
Provérbios 21,1-6.10-13
O coração do rei
nas mãos do Senhor é como água corrente; ele o dirige para onde quer. O homem
pensa que o seu caminho é sempre reto, mas é o Senhor quem sonda os corações.
Praticar a justiça e o direito é mais agradável ao Senhor do que os
sacrifícios. Olhar arrogante e coração orgulhoso, a lâmpada dos malvados não é
senão o pecado.
Os projetos do
homem aplicado produzem abundância, mas todos os apressados só alcançam
indigência. Tesouros adquiridos com língua mentirosa são ilusão passageira dos
que procuram a morte. A alma do malvado deseja o mal, ele olha sem piedade para
o seu próximo. Quando se castiga o zombador, aprende o imbecil, e quando o
sábio é instruído, ele adquire mais saber.
O justo observa a
casa do ímpio e leva os ímpios à desgraça. Quem tapa os ouvidos ao clamor do
pobre, também há de clamar, mas não será ouvido. -
Palavra do Senhor.
Comentário: O homem tem o hábito de se
considerar justo, mas Deus é quem “pesa os corações” (v.2). A morte revelará a
transparência do espírito e a justiça interior. Jesus estigmatiza veementemente
a hipocrisia. A disposição intima do coração e a prática da justiça dão valor a
todo sacrifício (v.3). O que pomos de nós nas ações é que lhes dá sentido e
valor. Temos necessidade de planificar, fazer projetos, o que requer reflexão
antes de agir, estudo dos fins e dos meios, para não ficarmos a meio caminho...
de mãos vazias (v.5). Não fechar os ouvidos ao grito do pobre (v. 13) significa
ser aberto à situação de outrem, capaz de tomar a peito a justiça e o amor,
assemelhar-se a Deus. (Missal Cotidiano)
Salmo: 118 (119),1. 27.
30. 34. 35. 44 (R. 35a)
Guiai-me,
Senhor, no caminho de vossos preceitos!
Feliz o homem sem
pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Fazei-me conhecer
vossos caminhos, e então meditarei vossos prodígios!
Escolhi seguir a
trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.
Dai-me o saber, e
cumprirei a vossa lei, e de todo o coração a guardarei.
Guiai meus passos
no caminho que traçastes, pois só nele encontrarei felicidade.
Cumprirei
constantemente a vossa lei, para sempre, eternamente a cumprirei!
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Lucas 8,19-21
Naquele tempo, a mãe e os irmãos
de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele, por causa da
multidão. Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e
querem te ver”. Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem
a Palavra de Deus, e a põem em prática”. -
Palavra da Salvação.
Comentários:
Existem
muitas pessoas que querem demonstrar-se religiosas, mostrar a todos que
participam da vida da Igreja e têm amizade com o clero e até usam dos cargos e
funções sociais para conseguir isso. Porém, essas pessoas querem apenas se
promover, não querem nenhum compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus.
A atitude de Jesus nos mostra quem é importante para ele: aquele que ouve a
Palavra de Deus e a coloca em prática, aquele que é capaz de amar, perdoar,
partilhar, acolher, socorrer, consolar, compreender, ensinar, comprometer-se,
doar-se, reunir, celebrar, orar, ser feliz com os que são felizes, chorar com
os que choram, são empáticos, solidários, vivem o amor de Deus. (CNBB)
A
opção pelo Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos,
gerando neles uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos
casos, pode ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais
importante: gera um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e
irmãs. O relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A
família do Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de
Deus e não da pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também
não contam. Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir
a proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa
vida pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde
quer que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente
sentir brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de
vida, e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino. Desde os
primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E,
assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo
apego às genealogias e à consanguinidade era bem conhecida. A família do Reino,
como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias e
nações. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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