Evangelho Comentado do Dia 14/09/2016 quarta-feira 24ª Semana do Tempo Comum


Primeira Leitura: Livro dos Números 21,4b-9

Naqueles dias, os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: "Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável".

Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. O povo foi ter com Moisés e disse: Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes".

Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor respondeu: "Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá". Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado. - Palavra do Senhor.


Comentário: Penso no olhar cheio de confiança de quem se voltava para a serpente para obter a cura: aquele olhar era uma vida voltada para a salvação. Penso no olhar de quantos no Calvário, contemplavam Jesus erguido entre o céu e a terra para salvação do mundo; no olhares que diariamente se voltam para o crucifixo. E penso no olhar que Jesus, no Calvário, pousou sobre todos e cada um dos presentes, com que abraçou toda a humanidade e continua hoje a olhar-nos, no desejo de cruzar com o nosso olhar para lhe transfundir riqueza infinita de seu amor. É um olhar rico de todos os matizes que pode assumir a vida no concreto de suas manifestações, e que não pousa em vão sobre aqueles que se voltam para ele na fé e no amor. (Missal Cotidiano)

Salmo: 77(78),1-2.34-35.36-37.38 (R. cf. 7c)
Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.

Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.

Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, in­fiéis, eles rompiam a Aliança.

Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 3,13-17

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.

Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.

Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele. - Palavra da Salvação.

Comentários:

Todos os que creem no Filho de Deus elevado entre o céu e a terra, suspenso na cruz, recebem dele a vida eterna. A cruz, instrumento de suplício e de maldição, torna-se, em Jesus Cristo, instrumento de salvação para todas as pessoas. Por isso, somos convidados a nos associar à cruz de Cristo. Quando falamos em união à cruz, logo pensamos em sofrimento, mas devemos pensar em algo que é mais importante que o sofrimento: Jesus, no alto da cruz, não era nada para si, mas todo para os outros, nos mostrando, assim, que cruz significa não viver para nós mesmos, mas fazer da nossa vida um serviço a Deus e aos irmãos e irmãs. A cruz só pode ser verdadeiramente compreendida sob o horizonte do amor maior. (CNBB)

A crucifixão de Jesus deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a morte, para ser evocação da vida. Não mais seria instrumento de castigo, mas de salvação. Seria motivo de exaltação e não de ignomínia. Esta mudança radical do sentido da cruz deveu-se ao modo como Jesus a viveu. A morte de cruz foi a prova suprema da fidelidade do Filho ao Pai. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhuma criatura fora suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai. Somente neste sentido é possível entender a necessidade da morte de cruz. Seria praticamente impossível ter Jesus encontrado outra forma mais convincente para provar sua fidelidade a Deus. Ele não temeu enfrentar, de cabeça erguida, a infamante morte de cruz, quando estava em jogo a razão de ser de sua existência e de sua vinda ao mundo. Daqui provém o respeito cristão pela cruz e o simbolismo de que é revestida. Ela evoca a fidelidade de Jesus e é apelo à essa mesma fidelidade. É a síntese do amor de Jesus pela humanidade, ao entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para o amor. Ela revela o serviço radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula o cristão a fazer o mesmo. Exaltar a cruz é, pois, optar por trilhar os caminhos de Jesus. (Missal Cotidiano)

A expressão “exaltação da cruz” deve ser corretamente compreendida para se evitar mal entendidos. Erraria quem a interpretasse como uma apologia do sofrimento, privando-a do contexto em que se deu na vida de Jesus. O diálogo com Nicodemos ajuda-nos a encontrar o sentido da cruz, no conjunto do ministério do Mestre. Evocando a serpente de bronze erguida por Moisés no deserto, Jesus afirmava ser necessário que ele também fosse elevado para salvar os que haveriam de crer nele. Como a serpente de bronze era penhor de vida para o povo pecador que a contemplava no alto do mastro, o mesmo aconteceria com o Messias. A força salvadora do Filho erguido na cruz era uma clara manifestação da presença do Pai em sua vida. Afinal, na cruz, o Filho revelava sua mais absoluta fidelidade ao Pai. Por se recusar a não trilhar o caminho traçado pelo Pai, teve de se confrontar com a terrível experiência de sofrer a morte dos malfeitores. Assim, tornou-se fonte de salvação. A exaltação da cruz tem por objetivo glorificar Jesus por seu testemunho de adesão incondicional ao querer do Pai. Só é capaz deste gesto quem acolheu a salvação de que é portadora, e deseja mostrar-se agradecido a Jesus, por tamanha prova de amor. Quem se dispõe a abrir o coração e deixar a cruz dar seus frutos de vida e salvação, irá beneficiar-se do amor infinito que o Pai demonstrou pela humanidade pecadora. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)

Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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