Prefácio Comum - Ofício do dia – Glória e Creio
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona: Antífona: Salmo
85,3.5 - Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro;
Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam.
Oração do Dia: Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações
o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convoco para alimentar em nós o
que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do
Eclesiástico 3,19-21.30-31 (gr. 17 -18.20.28-29)
Filho, realiza teus
trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. Na medida
em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça
diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele
revela seus mistérios. Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado
pelos humildes. Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de
pecado está enraizada nele, e ele não compreende. O homem inteligente reflete
sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria. - Palavra do Senhor.
Comentário: A verdadeira modéstia de
vida, tema da primeira leitura, não é a falsa modéstia de quem se gaba de ser
humilde ou “se faz de burro para comer milho”. Consiste na consciência de que
só Deus é poderoso e bom. O ser humano deve sempre recorrer a ele. Daí a
atitude do sábio: segurança ante os poderosos, pois sua confiança está em Deus,
e magnanimidade para com os fracos, pois pode contar com Deus. (Pe. Johan
Konings, sj)
Salmo: 67(68),
4-5ac.6-7ab.10-11 (R. Cf. 11b)
Com carinho
preparastes uma mesa para o pobre.
Os justos se alegram na presença do
Senhor, rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai,
cantai um salmo a seu nome! O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
Dos órfãos ele é pai, e das viúvas
protetor: é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo,
dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
Derramastes lá do alto uma chuva
generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso
rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
Segunda Leitura: Carta aos Hebreus
12,18-19.22-24a
Irmãos: Vós não vos
aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e
tempestade, som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não
continuasse. Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a
Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; da assembleia dos
primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o juiz de todos;
dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; de Jesus, mediador da nova
aliança. - Palavra do Senhor.
Comentário: Deus se tornou manifesto e
acessível em Cristo. A manifestação de Deus no Antigo Testamento (no Sinai) era
inacessível (12,18-21). No Novo Testamento, verifica-se o contrário (12,22-24):
agora vigora uma ordem melhor (9,10); a manifestação de Deus (em Cristo) é
agora acessível, menos “terrível”, porém mais comprometedora. Não é por ser
mais humana que ela seria menos divina. Pelo contrário! No homem Jesus, Deus se
torna presente. Essa nova e escatológica presença de Deus em Cristo é chamada,
no texto, “monte Sião”, “cidade do Deus vivo”, “Jerusalém celeste”. E quem
quiser ler alguns versículos além da perícope de hoje encontrará a conclusão
prática: não recusar a palavra do Cristo (12,25). A segunda leitura não
demonstra muito parentesco temático com a primeira e o evangelho. Contudo,
complementa o tema da gratuidade, mostrando como Deus se tornou, gratuitamente,
acessível para nós, em Jesus Cristo. O tom da leitura é de gratidão por esse
mistério. (Pe. Johan Konings, sj)
Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas 14,1.7-14
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer
na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os
convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: “Quando
tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar.
Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da
casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu
ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. Mas, quando tu fores
convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te
convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para
ti diante de todos os convidados.
Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
E disse também a quem o tinha
convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos,
nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes
poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário,
quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então
tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa
na ressurreição dos justos”. - Palavra
da Salvação.
Comentários:
O
evangelho nos ensina a modéstia e a gratuidade na perspectiva do reino de Deus.
Lucas gosta de apresentar Jesus como viajante e hóspede: a comunhão de mesa é o
lugar da amizade, e Jesus quer ser amigo. Mas amigo de verdade não esconde a
verdade. Na casa de um fariseu, de modo surpreendente e, segundo os nossos
critérios, um tanto indelicado, Jesus ensina algumas regras. 1) aos convidados,
ensina a não procurar o primeiro lugar, para que o dono da casa possa apontar o
lugar mais importante; 2) ao anfitrião, ensina a não convidar as pessoas de
bem, mas os que não podem retribuir, pois só assim demonstramos gratuidade e
magnanimidade. Em outros termos, Jesus ensina a saber receber de graça e a
saber dar sem intenções calculistas. O sentido profundo dessa lição se revelará
na Última Ceia (22,24-27), em que o anfitrião é o Servo, que dá até a própria
vida. Jesus é um desses hóspedes que não ficam reféns de seus anfitriões. Já o
mostrou a Marta (cf. Lc 10,38-42, 16º domingo); mostra-o também no evangelho de
hoje. Olhemos o contexto da perícope. O anfitrião é um chefe dos fariseus. A
casa está cheia de seus correligionários, não muito bem intencionados (14,2).
Para começar, Jesus aborda o litigioso assunto do repouso sabático, defendendo
uma opinião bastante liberal (14,3-6). Depois (em 14,7, onde começa o texto de
hoje) critica, com uma parábola, a atitude dos fariseus, que prezam ser
publicamente honrados por sua virtude, também nos banquetes, onde gostam de
ocupar os primeiros lugares (cf. Lc 11,43). Alguém que ocupa logo o primeiro
lugar num banquete já não pode ser convidado pelo anfitrião para subir a um
lugar melhor; só pode ser rebaixado se aparecer alguma pessoa mais importante.
É melhor ocupar o último lugar, para poder receber o convite de subir mais.
Alguém pode achar que isso é esperteza. Mas o que Jesus quer dizer é que, no
reino de Deus, a gente deve adotar uma posição de receptividade, não de
autossuficiência. Segue-se outra lição, também relacionada com o banquete,
porém dirigida ao anfitrião (um fariseu: cf. 14,1). Não se deve convidar os que
podem convidar de volta, mas os que não têm condições para isso. Só assim nos
mostraremos verdadeiros filhos do Pai, que nos deu tudo de graça. É claro que
tal gratuidade pressupõe a atitude recomendada na parábola anterior: o saber
receber. Portanto, a mensagem do evangelho de hoje é: saber receber de graça
(humildade) e saber dar a graça (gratuidade). Isso ficou ilustrado na primeira
leitura, que sublinha a necessidade da humildade, oposta à autossuficiência. (Pe.
Johan Konings, sj)
Os
excluídos e deserdados estiveram sempre no centro das atenções de Jesus. Este
aproveitava todas as oportunidades para dispor os discípulos a acolhê-los e
mostrar-se solícitos para com eles, diferentemente do comportamento típico da
época. A refeição na casa do fariseu ofereceu-lhe uma ocasião favorável para
isto. Em geral, convida-se para uma ceia, em família, os próprios familiares,
as pessoas às quais se quer bem, ou alguém de uma certa importância. Existe
quem se preocupa em convidar os ricos, com o intuito de receber também um
convite, em contrapartida. Quiçá fosse esta a mentalidade do chefe dos
fariseus, pois é a ele que Jesus dirige a advertência de romper com este
esquema. Como? Chamando para o banquete os pobres, estropeados, coxos e cegos.
Em suma, os desprezados deste mundo, dos quais seria impossível esperar algo
como recompensa. Isto sim, seria a expressão da mais absoluta pureza de
coração, característica de quem o tem centrado em Deus. Seria um ato de amor misericordioso,
próprio de quem não se deixa escravizar pelo egoísmo. Tal gesto de bondade não
passa despercebido aos olhos do Pai. Por ocasião da ressurreição, quem agiu
assim receberá a recompensa devida. Diz o provérbio bíblico: "Quem dá aos
pobres, empresta a Deus". Pois bem, quem se mostra generoso com os
excluídos deste mundo, pode estar seguro de estar atraindo sobre si a
misericórdia divina. (Padre Jaldemir
Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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