Prefácio de Nossa Senhora I ou II - Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano “C” Lucas
Antífona: Antífona: Salmo 44,10 A rainha está à vossa direita
com suas vestes de ouro, ornada de esplendor.
Oração do Dia: Ó Deus, que fizestes a mãe de vosso Filho nossa mãe e rainha,
dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometida aos
vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do Profeta
Isaías 9,1-6
O povo, que andava
na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte,
uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade;
todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como
exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Pois o jugo que oprimia o povo,
- a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais - tu os abateste como na
jornada de Madiã.
Botas de tropa de
assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas
chamas. Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos
ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável,
Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da Paz.
Grande será o seu
reino e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado,
que ele irá consolidar e confirmar em justiça e santidade, a partir de agora e
para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar estas
coisas. - Palavra do Senhor.
Comentário: Em 732 a.C., o rei da Assíria
toma os territórios da Galiléia e adjacências, incluindo Zabulon e Naftali. O
povo do Reino do Sul teme o avanço assírio, mas o profeta mostra que Deus
libertará os oprimidos e trará a paz. O que leva Isaías a essa luminosa esperança
é o nascimento do Emanuel (cf. 7,14), que é Ezequias, o filho herdeiro de Acaz.
O profeta prevê um chefe sábio, fiel a Deus, duradouro e pacífico; ele
perpetuará a dinastia de Davi, estendendo o reinado deste até às regiões agora
denominadas pela Assíria e organizando uma sociedade fundada no direito e na
justiça. Mateus, reinterpretando este oráculo, o aplica à pessoa e ação de
Jesus (MT 4,13-16). Esta seção começa com um novo oráculo messiânico; 8,23b lhe
serve de embasamento: ele declara que as terras escravizadas pela Assíria em
732 serão libertadas. O texto alude aos acontecimentos desencadeados pelo
motivo da guerra sírio-efraimita: Ajaz, desdenhando o apoio de Deus, pede ajuda
a Assíria, para que o defenda da coligação. Esta, demasiado feliz pela
solicitude de Ajaz, se precipita sobre Aram e o derrota, escravizando, ao passo
que uma parte do reino de Israel do Norte, se converterá em
"distrito" dos gentios (daí a denominação "galiléia dos
gentios"). Uma parte da terra prometida se vê, desta maneira, condenada a
viver nas trevas da ocupação pagã. Em 721 cairá Samaria. De fato, um dos
oráculos de libertação se pronuncia a propósito desta derrota. No entanto, se
trata de um oráculo estranho, já que nele não só se anuncia a libertação do
jugo pagão, mas também a aniquilação de toda potência guerreira e a instauração
de um reino de paz (versículos 4.6). O anúncio se vê associado ao anúncio do
nascimento de um menino (versiculo 5) que remete ao capítulo 7. Este menino
recebe insígnias reais e quatro títulos transcendentais. Estes últimos poderiam
evocar a prática egípcia de coroação do faraó, transplantada a Jerusalém na
época de Davi. Aqui se encontra uma alusão clara à coroação de Ezequias, que
teve lugar quando este ainda era criança. Mas, tal e como se formula, o oráculo
pretende chegar muito mais longe da pessoa do rei: evoca a paz cósmica e sua
instauração por meio de uma criança saída de Jerusalém. (deusunico.com)
Salmo: 112(113),1-2.3-4.5-6.7-8
(R. 2, ou Aleluia)
Bendito seja
o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!
Louvai, louvai, ó
servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do
Senhor, agora e por toda a eternidade!
Do nascer do sol
até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações,
sua glória vai além dos altos céus.
Quem pode
comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se
inclina para olhar o céu e a terra?
Levanta da poeira o
indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os
nobres, assentar-se com os nobres do seu povo.
Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas 1,26-38
Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem
que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o
anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com
estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois
encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e
lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e
o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa
de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará
isso, pois não conheço homem?
Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá
sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente
santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta,
até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é
tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível.
Então disse Maria: Eis aqui a
serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se
dela. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Jesus
se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma
história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos
o pecado Ao comemorarmos a Imaculada
Conceição da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio
Cristo, pois a Imaculada Conceição de Maria está condicionada ao nascimento de
Cristo, uma vez que Deus estava preparando o ventre digno de receber seu
próprio Filho. Com isso, podemos perceber a ação do Deus que é Senhor da
história e que, agindo na própria história da humanidade, conta com a
colaboração de todos para a realização do seu plano. (CNBB)
A
festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em Maria como a perfeita
discípula que correspondeu plenamente aos anseios de Deus, movida pela graça. A
fidelidade de Maria decorreu de um especial dom divino, o dom de nascer mais
integrada do que nós, com mais capacidade de ser livre e de acolher a proposta
divina. O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a saudou como “repleta de
graça”. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total
disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: “Eis a serva
do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”. Uma tal comunhão com Deus
excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça
permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus.
Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado.
A condição de agraciada por Deus não a eximiu do esforço de ser peregrina na
fé, necessitada de crescer e de aprender, como acontece com todo ser humano.
Sua originalidade consistiu em ter trilhado um caminho sempre positivo, sem
fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao próprio querer. A grandeza de
seu testemunho de fé expressou-se na humildade com que o viveu, num contínuo
esforço de discernir a vontade de Deus e em ser solícita em cumpri-la. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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