Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona: Antífona: Salmo
73,20.19.22- Considerai,
Senhor, vossa aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos,
Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca.
Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai,
dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança
que prometestes. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de
Ezequiel 16,1-15.60.63
A palavra do Senhor
foi-me dirigida nestes termos: “Filho do homem, mostra a Jerusalém suas
abominações. Dirás: Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: Por tua origem e
nascimento és do país de Canaã. Teu pai era um amorreu e tua mãe uma hitita. E
como foi o teu nascimento? Quando nasceste, não te cortaram o cordão umbilical,
não foste banhada em água, nem esfregada com salmoura nem envolvida em faixas.
Ninguém teve dó de ti, nem te prestou algum desses serviços por compaixão. Ao
contrário, no dia em que nasceste, eles te deixaram exposta em campo aberto,
porque desprezavam a tua vida. Então, eu passei junto de ti e vi que te
debatias no próprio sangue. E enquanto estavas em teu sangue, eu te disse:
“Vive!” Eu te fiz crescer exuberante como planta silvestre. Tu cresceste e te
desenvolveste, e chegaste à puberdade. Teus seios se firmaram e os pêlos
cresceram; mas estavas inteiramente nua. Passando junto de ti, percebi que
tinhas chegado à idade do amor. Estendi meu manto sobre ti para cobrir tua
nudez. Fiz um juramento, estabelecendo uma aliança contigo - oráculo do Senhor
-, e tu foste minha. Banhei-te na água, limpei-te do sangue e ungi-te com
perfume. Eu te revesti de roupas bordadas, calcei-te com sandálias de fino
couro, cingi-te de linho e te cobri de seda. Eu te enfeitei de joias, pus
braceletes em teus braços e um colar no pescoço. Eu te pus um anel no nariz,
brincos nas orelhas e uma coroa magnífica na cabeça. Estavas enfeitada de ouro
e prata, tuas vestimentas eram de linho finíssimo, de seda e de bordados. Eu te
nutria com flor de farinha, mel e óleo. Ficaste cada vez mais bela e chegaste à
realeza. Tua fama se espalhou entre as nações por causa de tua beleza perfeita,
devido ao esplendor com que te cobri - oráculo do Senhor.
Mas puseste tua
confiança na beleza e te prostituíste graças à tua fama. E sem pudor te
oferecias a qualquer passante. Eu, porém, me lembrarei de minha aliança
contigo, quando ainda eras jovem, e vou estabelecer contigo uma aliança eterna.
É para que te recordes e te envergonhes, e na tua confusão não abras mais a
boca, quando eu te houver perdoado tudo o que fizeste, - oráculo do Senhor
Deus”. - Palavra do Senhor.
Comentário: O uso do simbolismo
matrimonial para indicar as relações entre Deus e Israel é muito difundida na
literatura profética, a partir de Oséias. Ezequiel dedica-lhe duas grandes alegorias
nos capítulos 16 e 23. No presente
trecho de Ezequiel, a nação é acusada de haver sido infiel ao Senhor em sua
história. Abandonada e privada de tudo como uma enjeitada (vv. 4-5) fora
escolhida por Deus como esposa, por um ato de suprema predileção (vv. 6-14), e,
apesar disso, foi-lhe infiel (v. 15), adorando falsos deuses (16,16-36). O
culto dos ídolos, por isso, é chamado prostituição e adultério (16,16). Mas o
misterioso amor do Senhor, gratuito e fiel, não faltará. Deus ama sempre a
esposa infiel (v. 60) e prepara-lhe um futuro de conversão e de volta a ele (v.
63). (Missal Cotidiano)
Salmo: Is 12,2-3. 4. 5-6
(R. 1c)
Acalmou-se a
vossa ira e enfim me consolastes
Eis o Deus, meu
Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.
Com alegria bebereis no manancial da salvação.
e direis naquele
dia: 'Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas,
entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.
Louvai cantando ao
nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas
grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é
grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!'
Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus 19,3-12
Naquele tempo, alguns fariseus aproximaram-se de
Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem despedir sua esposa
por qualquer motivo?” Jesus respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o
início, os fez homem e mulher? E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e
se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? De modo que eles já não
são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. Os
fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio
e despedir a mulher?”
Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza
do vosso coração. Mas não foi assim desde o início. Por isso, eu vos digo: quem
despedir a sua mulher - a não ser em caso de união ilegítima - e se casar com
outra, comete adultério”.
Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do
homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se”. Jesus respondeu: “Nem
todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. Com
efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim;
outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes
disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender entenda”. - Palavra da Salvação.
Comentários:
Quem
comete adultério, peca duas vezes. O primeiro pecado é o da fornicação, do
desrespeito da pessoa do outro ou da outra como templo do Espírito Santo, o que
se constitui em profanação do sagrado, da propriedade divina pela consagração
batismal. O segundo pecado é contra o vínculo matrimonial, é o rompimento de
uma promessa que foi feita diante de Deus e da Igreja. E a causa de tão grave
pecado encontra-se na dureza do próprio coração, que não é capaz de abrir-se à
graça divina e aos verdadeiros valores e se torna escravo da luxúria, fazendo
dela o verdadeiro deus da própria vida. (CNBB)
É bem
conhecida a situação de inferioridade das mulheres, na sociedade do tempo de
Jesus. Juntamente com as crianças, eram consideradas como propriedade dos
maridos ou dos pais. Nesta condição, eram discriminadas nas práticas
religiosas; seu testemunho não tinha valor; ficavam à mercê dos homens. No
casamento, tinham poucos direitos a exigir. A Lei do divórcio, como era
interpretada por alguns rabinos, tornava-as vítimas do humor dos maridos. Os
fariseus perguntaram a Jesus que motivos um homem poderia ter para repudiar sua
mulher. E isto porque os homens tinham o direito absoluto sobre as esposas. Até
podiam despedi-las por qualquer motivo, mesmo por uma ninharia. A resposta de
Jesus, que sempre se posicionou na defesa dos injustiçados, defende a
sacralidade do matrimônio, mas também representa uma tomada de posição em defesa
das mulheres. A igualdade entre todas as pessoas provém da criação, quando Deus
criou o ser humano, homem e mulher. Não se justifica, pois, a pretensa
superioridade masculina. Quanto ao casamento, o projeto de Deus é que o homem e
a mulher, ao se casarem, sejam ambos uma só carne. Esta união é indissolúvel
por ser obra de Deus. Sendo assim, a união conjugal não pode ser desfeita por
nenhum motivo. A indissolubilidade do matrimônio só acontece quando existe
amor, que exige do marido respeito pela mulher. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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