Santo Ambrósio de Milão - Doutor da Igreja - 07 de dezembro

“Ninguém cura a si próprio ferindo outro”. (Ambrósio de Milão)

Nascido de família romana cristã, e educado em Roma, Ambrósio tornou-se governador da Ligúria e Emília. Lutou arduamente contra o paganismo, o arianismo, a degradação da sociedade. Conselheiro e pai espiritual de três imperadores romanos, Graciano, Valentiniano II e Teodósio I, Ambrósio é o símbolo da Igreja nascente, após os sofridos anos de perseguições e vida escondida. Foi graças à sua atuação que a Igreja de Roma conseguiu tratar com o poder público sem servilismo.


Tanto que Ambrósio chegou a repreender asperamente o imperador Teodósio I, obrigando-o a fazer uma penitência pública por ter massacrado a população da Tessalônica para conter uma revolta. A sua figura representa o ideal de bispo pastor, que se deve impor como símbolo de liberdade e de pacificação para o Povo de Deus.

Ambrósio nasceu por volta de 340 e foi criado em Augusta Treveroro (moderna Trier, Alemanha), a capital da Gália Bélgica. Seu pai também chamava-se Aurélio Ambrósio, o prefeito pretoriano da Gália; sua mãe é descrita como sendo inteligente e piedosa. Os irmãos de Ambrósio, Sátiro (que foi o tema de sua De excessu fratris Satyri) e Marcelina, são também venerados como santos. Conta a lenda que, quando criança, um enxame de abelhas pousou no seu rosto enquanto dormia no berço e deixou para trás uma gota de mel. Seu pai considerou o fato um sinal de sua futura eloquência, sua "língua de mel". É por conta desta tradição que abelhas e colmeias geralmente aparecem junto ao santo na arte cristã.

Depois da morte prematura de seu pai, Ambrósio seguiu-o na profissão. Ele foi educado em Roma, estudando literatura, direito e retórica. O prefeito pretoriano da Itália, Sexto Cláudio Petrônio Probo, primeiro deu-lhe uma posição em seu conselho e, por volta de 372, fê-lo prefeito consular (o governador) da Ligúria e Emília, cuja capital era Mediolano. Ele permaneceu na função até 374, quando foi aclamado bispo da cidade.

Certa vez, estava em Milão quando o bispo morreu. Bom jurista e funcionário imperial, procurou evitar um conflito nas novas eleições eclesiásticas com um discurso firme e muito sensato. Foi tão sereno e equilibrado que, ao final, a assembléia o aclamou o novo bispo de Milão. Muito surpreso, recusou, dizendo que essa não era a sua intenção, até porque era um pecador, e não era ainda batizado, ainda se preparava para esse sacramento. Mas não adiantou. Logo foi batizado e consagrado, em 7 de dezembro de 374.

Desde então, dedicou-se com afinco ao estudo das Sagradas Escrituras. Não era intelectual, mas suas obras litúrgicas, comentários sobre as Escrituras e tratados ascético-morais o fizeram especialista da doutrina cristã e da arte de administrar a comunidade cristã a ele confiada.

A marca do seu apostolado foi impressa pela importância que deu aos valores da virgindade de Maria e dos mártires de Cristo. Considerado o pai da liturgia ambrosiana, recebeu com mérito o título de doutor da Igreja.

Os livros de sua autoria que chegaram até nós são, quase todos, a reprodução de suas pregações e sermões. Agostinho, convertido por ele e um dos seus ouvintes frequentes, conta que o prestígio dos sermões do bispo Ambrósio de Milão era enorme, graças ao eficaz tom de voz e sua eloquência com a escolha das palavras. Por isso foi chamado de "o apóstolo da amizade".

A conversão de Santo Agostinho, um dos homens mais inteligentes e cultos de todos os tempos, coluna da Santa Igreja, deve-se a Santo Ambrósio.

Com cerca de 30 anos, o futuro Bispo de Hipona foi levado por Santa Mônica a relacionar-se com Santo Ambrósio. De início hostil à Fé Católica, por causa de más influências dos maniqueus, Agostinho era, entretanto, admirador da cultura e da suave eloquência do Bispo de Milão. Gostava não somente de ouvir seus sermões, mas também de passar horas inteiras em seu gabinete, em silêncio, vendo esse homem de Deus trabalhar ou estudar.

Não sem grande dose de sagacidade, Ambrósio desfez na mente de seu ouvinte os maléficos sofismas da seita maniqueísta. Quem lê as Confissões, é levado a conjeturar que o grande pregador adaptava suas palavras às dúvidas de Agostinho, quando notava sua presença na igreja. Este narra, inclusive, que ele "muitas vezes, vendo-me quando pregava, prorrompia em louvores a ela - Santa Mônica - e me chamava ditoso por ser filho de tal mãe".

Convertido, Santo Agostinho não esconde seu entusiasmo por Santo Ambrósio. "Insigne pregador e piedoso Prelado", homem cujas palavras eram "fonte de água que corria para a vida eterna", "santo Bispo" - são expressões usadas por ele ao referir-se àquele que o batizou na vigília da Páscoa de 387.

Em resumo, ele considerava Santo Ambrósio o arquétipo do Bispo católico. Opinião confirmada pelo Missal Romano, onde se lê que ele "representa a figura ideal do Bispo".

Morreu em Milão na Itália, em 4 de abril de 397, uma Sexta-Feira Santa. Santo Ambrósio é venerado no dia 7 de dezembro, data em que, no ano 374, foi aclamado pela população bispo de Milão.

ORAÇÃO: Ó Deus, que fizestes o bispo Santo Ambrósio doutor da fé católica e exemplo de intrépido pastor, despertai na vossa Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com força e sabedoria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte: Missal Cotidiano - Edições Paulinas - Arautos do Evangelho - Wikipédia
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