A festa
de Nossa Senhora do Carmo é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem
antiga. Na Ordem Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias,
vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem,
teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os
discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma
Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar
homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias
de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria.
Manifestação
de Maria a São Simão Stock: Historicamente documentadas são as seguintes datas
da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez
Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe
se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste
nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo
Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se
conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram
alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na
Inglaterra, o que fizeram.
Pela
mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia em
solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita
era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados,
como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão
como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito
coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada. O papa
Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da ordem no
Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um
capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a
Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações
dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano
de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação
do Papa Inocêncio IV. A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção
da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo
católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve
a fundação a Simão Stock.
Em 16 de
julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe apareceu. Veio
trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a Rainha do céu -
eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um
penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do
Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do
inferno".
Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o
mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do
escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O
Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico.
Neste sentido, só é comparável ao Rosário.
PRIVILÉGIOS
CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO
Dois são os privilégios
da irmandade do escapulário, privilégios deveras extraordinários, que mereceram
à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão. O primeiro desses privilégios
Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no ato da entrega do escapulário disse
ao seu servo São Simão Stock: “É este o sinal do privilégio, que alcancei
para ti e para todos os filhos do Carmelo. Todos aqueles que estiverem
revestidos com este hábito, ver-se-ão salvos do fogo do inferno”. O sentido desse privilégio é este: Maria
Santíssima promete a todos os que usam o hábito do Carmo, sua proteção
especial, principalmente na hora da morte, que decide a história da humanidade.
O pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a confiança em Maria
Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de sair do estado do pecado, pode seguramente
contar com o auxílio de Nossa Senhora, a qual
lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança.
O escapulário não é
um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar.
Contam-se milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas unicamente
ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo; muitos também são os casos que
mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a quem, de maneira nenhuma,
se quer separar do pecado e levar uma vida digna e cristã. Santo Agostinho diz a
verdade, quando ensina: “Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode
salvar sem que o queiramos e desejemos”. Quem não quer deixar de ofender a
Deus, morrerá na impenitência; e se Maria Santíssima não ver a possibilidade
alguma de arrancar a alma do pecador aos vícios e paixões, fará com que na hora
da morte, por uma casualidade qualquer, não se encontre o hábito salvador, o
que se tem dado muitas vezes.
O Segundo privilégio
é o tal chamado “privilégio sabatino”.
Um decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613,
dá aos sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a seguinte
doutrina: “O povo cristão pode crer no auxílio que experimentarão as almas dos
Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este, segundo
o qual todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em vida usado o
escapulário, conservado a castidade própria do estado, recitado o Ofício Parvo
de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum
eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a
festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção
extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao
trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora (Bula
sabatina de João XXII. 3, III 1322)
Desse privilégio
faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo
Papa clemente X e Benedito XIII. “A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não
se limitou a cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com
carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte
são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles filhos no
Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria
Celestial”.
ORAÇÃO: Ó
bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais
com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim
benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai
minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a
vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha
alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho.
Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável
presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo
dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a
eternidade. Amém!
Fonte: Edições
Paulinas / Pagina Oriente
Foto retirada da internet
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