É muito útil também difundir nos infantes, boas máximas em
suas mentes. Quão ruim é que uma criança seja educada pelas piores máximas de
seus pais! “Deveis, dizem alguns pais a seus filhos, buscar o aplauso e a
estima de todo mundo. Deus é misericordioso, Ele terá compaixão de certos
pecados”. Que miserável é o jovem que peca por obedecer tais máximas! Os bons
pais ensinam máximas muito distintas a seus filhos. A Rainha Blanche, mãe de
São Luís Rei da França, costumava dizer a seu filho:
“Filho meu, preferiria ver-te morrer em meus braços, antes que
em pecado”.
Portanto, que seja vossa prática a que também infunda em
vossos filhos certas máximas de salvação, porque, de que serviria ganhar o
mundo inteiro se perdemos nossas próprias almas? Tudo neste mundo tem um final,
mas a eternidade nunca termina. Uma destas máximas bem impressas na mente de um
jovem, o preservará sempre em Graça de Deus.
O exemplo arrasta
Contudo, os pais estão obrigados a instruir seus filhos na
prática da virtude, não somente por meio de palavras, mas também com o exemplo.
Se dais a vossos filhos mau exemplo, como esperais que sigam uma vida correta?
Quando um jovem dissoluto é corrigido por uma falta, sua resposta será: “Por
que me censuras, se meu pai faz coisas piores?”. “Os filhos dum pai ímpio
queixam-se dele, pois se acham por causa dele vivendo no opróbio” (Eclesiástico
41,10). É possível para um filho ser religioso e moral quando tem como exemplo
o de seu pai, de blasfêmias e obscenidades, quando passa o dia inteiro nos
bares, nas casas de jogo, quando frequenta casas de má fama, e defrauda a seu
vizinho? Esperais que vossos filhos sigam frequentemente a confissão, quando vós
mesmos apenas vos aproximais do confessionário uma vez ao ano?
Conta uma lenda que havia um caranguejo que repreendia seus
filhos por caminharem torto (para trás); estes replicaram: “pai, vejamos como
caminhas”. O pai caminhou diante deles, ainda mais torto (para trás) que seus
filhos. É isto acontece quando um pai dá mau exemplo. Por isto não teve
autoridade para corrigir os pecados dos seus, quando ele mesmo os comete.
De acordo com São Tomás, os pais escandalosos obrigam, de
certa maneira, seus filhos a levarem uma má vida. Disse São Bernardo:
“Não são pais, mas assassinos, não de corpos, mas das almas de
seus filhos”.
É muito comum ouvi-los dizer: “Meus filhos tem má disposição
por nascimento”. Isto não é verdade. Séneca dizia: “Equivocas-te se pensas que
os vícios nascem conosco; estes se enxertam”. Os vícios não nascem com vossos
filhos, mas lhes são comunicados por meio do mau exemplo dos pais. Se houvestes
dado bom exemplo a vossos filhos, não seriam os viciosos que são. Portanto,
pais, frequentai os Sacramentos, aprendei com os sermões, rezai o Rosário todos
os dias, abstende-vos da linguagem obscena, da detração, dos pleitos, e vereis
que vossos filhos seguem vosso exemplo. É de particular necessidade que formeis
vossos filhos na virtude, desde a infância, instruindo-lhes a mente desde a
pequenez, porque quando eles crescerem, e contraírem maus hábitos, será muito
difícil para vós emendar suas vidas por meio de palavras.
Evitar as ocasiões de
pecado para nossos filhos
Para formar os filhos na disciplina do Senhor, é também
necessário afastá-los da ocasião de fazer (ou cometer) o mal. Um pai deve
proibir seus filhos de saírem pelas noites, de irem a uma casa na qual sua
virtude está em perigo, ou terem más companhias (Nota: Que diria este santo -
hoje em dia - dos filmes obscenos, da pornografia na internet e de muitas
programações televisiva que os filhos assistem por descuido total dos pais? Que
diria das revistas e livros impróprios que os próprios pais levam para casa e
deixam à mão de todos?). Expulsa, disse Sara a Abraão, esta escrava e o seu
filho (Gênesis 21,10). Sara desejava que Ismael, filho da concubina Agar, fosse
apartado de sua casa, para que seu filho Isaac não aprendesse com ele seus
vícios. As más companhias são a ruína dos jovens. Um pai deve não somente
afastar de seus filhos o mal do qual é testemunha, mas também prevenir a
conduta de seus filhos e informar-se sobre as famílias e os lugares que
frequentam; vigiar suas ocupações e companhias. Um pai deve proibir seus filhos
de levarem para casa objetos roubados. Quando Tobias escutou balidos dum
cabrito em sua casa, disse: Vede, não seja furtado, restituí-o a seus donos
(Tobias 2,21).
Os pais devem proibir a seus filhos toda classe de jogos que
trazem destruição às famílias e a suas almas, e também os bailes, os
entretenimentos sugestivos, as conversações perigosas e as festas de prazer. Os
pais devem quitar de suas casas as novelas de romance que pervertem os jovens e
todos os maus livros que contêm máximas perniciosas, contos obscenos ou de amor
profano. O pai não deve permitir que suas filhas fiquem a sós com homens, sejam
eles jovens ou velhos. Alguém dirá:
“Este homem que cuida da minha filha, é um santo”. Os santos
estão no Céu, porque os santos que estão na terra são carne e se estão próximos
às ocasiões, podem converter-se em demônios.
Outra obrigação dos pais é corrigir as faltas da família.
“Instrui-lhes na disciplina e correção do Senhor”. Existem pais que quando são
testemunhas das faltas que se cometem na família, permanecem em silêncio. Por
medo de desagradar seus filhos, alguns pais se recusam em corrigi-los, mas, se
vissem um filho numa piscina em perigo de afogamento, não seria cruel tomar-lhe
pelos cabelos e salvar-lhe a vida? Aquele que poupa a vara quer mal ao seu
filho (Provérbios 13,24). Se ameis a vossos filhos, corrijai-los, à medida que
cresçam castigados, com a vara, quantas vezes for necessário.
Corrijai-los como pais,
não como carcereiros
Disse que com a vara e não com um pau, deveis corrigi-los
como um pai e não como um carcereiro. Deveis ter cuidado de não lhes golpear
com paixão, porque então vós estais em perigo e a correção será sem fruto, pois
se lhes golpeia com muita severidade, eles verão que o castigo é o efeito da
ira e não o desejo de vossa parte por emendar suas vidas. Temos algo mais a
acrescentar, que vós deveis corrigi-los enquanto estão crescendo, para que
quando eles alcancem a madures, vossa correção seja pouca. Deveis abster-se de
corrigi-los com a mão, caso contrário serão perversos e perderão o respeito por
vós. De que serve usar injúrias e imprecauções ao corrigir os filhos?
Priva-lhes de algum alimento, de algumas peças do vestuário, ou envia-lhes a
seu quarto. Temos dito o suficiente. A conclusão deste discurso, é que aquele
que educa mal seus filhos, será severamente castigado, e aquele que os educa na
virtude, receberá uma grande recompensa.
Tradução: Carlos Wolkartt
Fonte: blog.christifidei.com
Foto retirada da internet
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